Oito são presos em operação contra sonegação de impostos no Rio Grande do Sul

Oito são presos em operação contra sonegação de impostos no Rio Grande do Sul

Grupo de empresários teria sonegado cerca de R$ 180 milhões em impostos

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Oito são presos em operação contra sonegação de impostos no Rio Grande do Sul

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*Com informações do repórter Renato Oliveira 

A Polícia Federal (PF) prendeu ao menos oito pessoas nesta quarta-feira durante a operação Caementa, que investiga empresários do segmento de produção de concreto, extração e comércio de areia e pedra que estariam envolvidos em crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. 



Das oito pessoas presas, sete foram detidas temporariamente. A única prisão preventiva foi para o líder do grupo de empresários, sediado em Santa Maria. Durante a entrevista coletiva da Polícia Federal, concedida no município, o delegado Diogo Caneda dos Santos relatou que caminhões com excesso de carga tinham passagem facilitada na região. 

O auditor da Receita Federal Eli Eduardo Lemos revelou que o órgão tem a estimativa de que R$ 295 milhões não tenham sido declarados no período de cinco anos. O grupo de empresários era investigado desde 2014 e as 15 empresas envolvidas nos crimes contariam com 500 funcionários. 

Mandados cumpridos em 13 cidades do Rio Grande do Sul

Trinta e sete mandados de busca e apreensão, além de oito mandados de prisão, foram cumpridos em solo gaúcho, nas cidades de Porto Alegre, Bagé, Carazinho, Caxias do Sul, Frederico Westphalen, Garibaldi, Maquiné, Panambi, Passo Fundo, Rosário do Sul, Santa Maria, São Sebastião do Caí e Três de Maio. Em território catarinense, os policiais federais estiveram em Camboriú. 

Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam R$ 150 mil e 20 mil dólares na residência do principal investigado. A pedido da Polícia Federal, a 7ª Vara Federal de Porto Alegre decretou a indisponibilidade de um patrimônio inicialmente estimado em R$ 81 milhões.

O inquérito policial indica que os investigados teriam sonegado tributos e contribuições sociais, desviado patrimônio das suas empresas endividadas e que se encontram em recuperação judicial, e ocultado o proveito dos crimes por meio da criação de empreendimentos de fachada. São alvos da investigação 15 empresas controladas por um único grupo estabelecido em Santa Maria.

Os crimes investigados na Operação Caementa são de organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária, omissão de vigência de contrato de trabalho, crimes falimentares, fraude a licitações, extorsão e corrupção.

Caementa

O nome da operação é uma referência ao termo latino caementa, que significa “pedras pequenas”.

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