Olheiro do PCC fazia campana na frente da casa de Moro; senador mantém segurança reforçada

Olheiro do PCC fazia campana na frente da casa de Moro; senador mantém segurança reforçada

Equipe de inteligência da Polícia Militar do Paraná faz escolta do político e da família dele há mais de um mês

R7

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O senador Sergio Moro (União-PR) sabia que poderia ser alvo dos atentados planejados por uma organização criminosa desarticulada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira. O R7 e a Record TV verificaram que equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, descobriram os planos dos criminosos para a execução de Moro e informaram o caso aos policiais. 

Durante as apurações, foi observado que um olheiro, ligado à facção criminosa PCC, de São Paulo, estaria fazendo campana na frente da casa do senador, em Curitiba (PR). Com o risco descoberto, uma equipe de ao menos nove policiais da inteligência da Polícia Militar do Paraná  faz a escolta do senador e da família dele há mais de um mês.

A esposa de Moro, a deputada Rosangela Moro (União-SP), usa um carro blindado como medida de segurança. As investigações mostram que os suspeitos pretendiam realizar os ataques à família de Moro e de outras autoridades e servidores públicos de forma simultânea.

O senador, que é ex-juiz da Lava Jato, confirmou por uma rede social que seria um dos alvos dos criminosos e disse que se pronunciará sobre o caso nesta quarta-feira.

A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira 11 mandados de prisão de suspeitos de planejar ataques a servidores públicos e autoridades, além de homicídios e extorsão mediante sequestro. De acordo com as investigações, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea. Até as 10h30min desta quarta-feira, foram nove presos — sendo seis homens e três mulheres —, todos em São Paulo. Os outros dois procurados com mandado de prisão expedido são do Paraná.

Nesta quarta, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, 7 de prisão preventiva e 4 de prisão temporária em Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e no Paraná. Os principais investigados estão em São Paulo e no Paraná, segundo a Polícia Federal.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou em uma rede social que os planos dos suspeitos incluíam o assassinato de um senador e de um promotor de Justiça.

A operação ganhou o nome de Sequaz, que se refere ao ato de seguir, vigiar, acompanhar alguém. Esse nome foi dado devido ao método utilizado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações das possíveis vítimas. 


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