Operação Ágata Conjunta Sul investiga avião interceptado e incendiado pelo piloto

Operação Ágata Conjunta Sul investiga avião interceptado e incendiado pelo piloto

Aeronave foi localizada no Paraná, pela ação que atua para coibir crimes nas fronteiras do Sul

Kyane Sutelo

Militares gaúchos realizam atuações, em conjunto com outras forças policiais, em diversos pontos da fronteira.

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É de uma sala ampla no Centro Histórico de Porto Alegre que saem os direcionamentos logísticos, comunicacionais, orçamentários e operacionais para os cerca de 4 mil envolvidos na Operação Ágata Conjunta Sul. Por sediar o Comando Militar do Sul (CMS), o Rio Grande do Sul se tornou base para a ação que une forças militares e civis da segurança pública, no combate a crimes na fronteira. 

Ontem, no Paraná, uma aeronave de pequeno porte, modelo PA-28, foi interceptada, por entrar no espaço aéreo brasileiro sem autorização. A Força Aérea Brasileira (FAB) seguiu o avião e acionou a Polícia Federal que, com apoio da Polícia Militar do Paraná, foi ao local onde teria ocorrido o pouso. Porém, ao chegarem, os tripulantes haviam fugido e o avião havia sido incendiado. A Operação ainda busca identificar os responsáveis e se estava sendo transportado algum material ilícito.    

Na operação, que completa três dias nesta terça-feira, já foram realizadas revistas de aproximadamente 3 mil veículos e mil pessoas, além da apreensão de 27 quilos de drogas e 2 armas. Segundo o chefe do Estado Maior Conjunto, contra-almirante Claudio Eduardo Silva Dias, a integração de forças é essencial. “Essa mistura de uniformes, se ela não ocorrer, a operação fica totalmente infrutífera”, avaliou o contra-almirante Eduardo.

Segundo o subchefe do Estado Maior Conjunto, coronel Francisco José Borges da Silva, a Operação Ágata Conjunta Sul havia sido realizada pela última vez em 2016, e integra as ações do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF) do governo federal. A preparação neste ano começou ainda em maio e não há prazo para término dos trabalhos. 

Em 2023, a novidade é a parceria com Paraguai e Uruguai, a convite do Brasil. “A mesma operação que está sendo realizada na nossa fronteira, do nosso lado, os países amigos Paraguai e Uruguai também estão realizando nas suas faixas de fronteira”, detalhou o coronel Borges.

Coordenada pelo Ministério da Defesa, a Operação conta com as três forças militares: Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira. Além disso, participam Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Abin, Ibama, Anvisa, ICMBio, Anatel, Secretarias de Segurança Pública, com Polícias Militares, Polícias Civis e Corpo de Bombeiros Militares, e Secretarias de Agricultura dos Estados da Região Sul do País, bem como outros órgãos de fiscalização federais, estaduais e municipais.


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