Operação é deflagrada em Porto Alegre para prender autores de ataque a bar na zona Sul

Operação é deflagrada em Porto Alegre para prender autores de ataque a bar na zona Sul

Ação tem o cumprimento de 22 ordens judiciais em condomínio residencial popular na avenida Princesa Isabel, conhecido como Carandiru

Correio do Povo

Cerca de 200 policiais civis e militares foram mobilizados

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A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira a operação Campo Novo, cujo objetivo é prender os envolvidos no atentado que resultou no maior número de vítimas dos últimos anos em Porto Alegre. A ação coordenada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) contou com participação da Brigada Militar por meio do Comando de Policiamento da Capital (CPC), 1º Batalhão de Polícia de Choque (1º BPChq) e Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Cerca de 200 policiais cumpriram 19 mandados de busca e apreensão e outros três mandados de prisão preventiva, tendo apoio de helicóptero, cães farejadores e unidades especiais de ambas as instituições. A operação ocorreu no condomínio residencial popular da avenida Princesa Isabel, conhecido como Carandiru, entre os bairros Azenha e Santana.

As ordens judiciais estavam direcionadas aos executores do ataque, que deixou a área de segurança pública em alerta. Dois já foram presos e o terceiro está sendo procurado. “Outros envolvidos e o (s) mandante (s) serão investigados, possibilitando o pedido de outras medidas cautelares e ao final, o indiciamento de todos os envolvidos”, informou o DHPP em um comunicado.

Conforme o DHPP, as 27 vítimas, entre elas três que foram óbito, foram “atingidas por disparos de arma de fogo desferidos por indivíduos vinculados a uma facção que teve seu início na Região Metropolitana de Porto Alegre, mais precisamente no Vale dos Sinos e que está em conflito com uma outra facção que teve seu nascedouro na região conhecida como Cruzeiro, bairro Santa Tereza, nesta Capital”. “Esses conflitos foram marcados por dois momentos distintos no tempo, o primeiro ocorrido na segunda semana de fevereiro, estendendo-se até final de abril e o segundo, iniciado em julho com desdobramentos até o final de setembro”, lembrou o órgão policial.

O atentado ocorreu no final da noite de 4 de setembro deste ano na rua Rio Grande, no bairro Campo Novo, na zona Sul da Capital. Cerca de 80 pessoas estavam em frente a um bar que comemorava um ano de aniversário de atividade. Uma banda de pagode animava os frequentadores.

Dois veículos, um de cor preta e outro de cor branca, ingressaram na rua e se posicionaram em frente ao bar. Fortemente armados, quatro atiradores desembarcam e um quinto indivíduo permaneceu fazendo a segurança dos demais. Eles atiraram em direção às pessoas de modo aleatório e, diante do revide de alguns frequentadores, vinculados à facção local, decidiram fugir do local.

“No bar, havia a presença de pessoas da comunidade e algumas de fora da região. O público era de jovens, crianças e pessoas com mais idade, o que não foi impeditivo ao grupo criminoso na manutenção do plano, tanto é, que, dentre os atingidos, há uma criança de quatro anos ferida em um dos pés, a qual acabou perdendo a mãe, atingida por um disparo mortal; um menino de 14 anos, de igual forma, atingido com gravidade na cabeça”, relatou o DHPP. “A investigação apurou que apenas uma das pessoas feridas estaria vinculada ao grupo criminoso local, e as outras 26 não teriam elo algum com a criminalidade”, acrescentou.


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