Operação combate organização criminosa que fornecia e distribuía drogas para Região Metropolitana

O Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil desencadeou hoje a operação Elo Perdido com o objetivo de combater uma organização criminosa que fornecia e distribuía drogas em larga escala para Região Metropolitana de Porto Alegre e Interior. O delegado Thiago Bennemann estimou uma movimentação mensal de mais de 100 quilos de cocaína e de 100 quilos de crack. O grupo mantinha estreito contato com a facção Os Manos. As investigações apontam indícios, porém, de que atenderiam outras facções. No caso da cocaína, por exemplo, ela era repassada 100% pura ou 75% e 50% respectivamente. Há suspeita da existência de laboratórios para engrossar as drogas que ficariam armazenadas dentro de tonéis em propriedades rurais. Esses locais ainda estão sendo investigados pelos agentes do Denarc.

A ação teve apoio das Delegacias de Repressão às Ações Criminosas Organizadas de Passo Fundo e de Rio Grande, além da Brigada Militar. A equipe tática da Coordenadoria de Recursos Especiais também participou do cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão e de outros nove mandados de prisão preventiva nas cidades de Porto Alegre, Cachoeirinha, Alvorada, Eldorado do Sul, Viamão, Passo Fundo e Rio Grande. Cerca de 80 agentes foram mobilizados, tendo inclusive apoio aéreo.

Sete integrantes do grupo criminoso, que estão recolhidos no sistema prisional, receberam as ordens judiciais de prisão preventiva. O líder, por exemplo, encontra-se na Cadeia Pública de Porto Alegre (antigo Presídio Central). Outros três foram presos durante a ação. O delegado Thiago Bennemann explicou que os principais alvos está o líder e gerentes encarregados da distribuição dos entorpecentes.

A investigação começou no primeiro semestre de 2019. Segundo o delegado Thiago Bennemann, uma apreensão de cerca de 20 quilos de maconha e quatro quilos de crack no bairro Cidade Baixa, na Capital, feita pela Brigada Militar em fevereiro do ano passado, foi o ponto de partida para o trabalho policial. Desde então, os agentes monitoraram o grupo criminoso e rastrearam conversas e negociações, além de obterem fotos de carregamentos de drogas e até de altas somas de dinheiro obtidas.