Operação contra fraudes licitatórias no DEP prende três

Operação contra fraudes licitatórias no DEP prende três

Farta documentação foi recolhida durante a ação que mobilizou mais de 125 policiais civis

Correio do Povo

Polícia investiga prejuízo de, no mínimo, R$ 10 milhões

publicidade

A Polícia Civil desencadeou ao amanhecer desta segunda-feira a terceira fase da operação Tormenta que investiga um suposto esquema de fraude contra o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) da Prefeitura de Porto Alegre que estaria ocorrendo desde 2011 e seria responsável por um prejuízo de, no mínimo, R$ 10 milhões, que foram pagos pelo poder público às empresas terceirizadas. Indícios de fraudes licitatórias e crimes contra a administração pública estão sendo apurados. O trabalho investigativo começou em setembro do ano passado.

Houve o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Alvorada e Viamão. Os alvos foram a sede do DEP, na rua Lima e Silva, junto com quatro unidades zonais do órgão; a sede da Cootravipa na rua Orfanotrófio, e residências de funcionários e ex-diretores do DEP; bem como dos donos das empresas prestadoras de serviços ao órgão. Três pessoas foram presas em flagrante pela posse ilegal de dois revólveres e uma espingarda. Farta documentação foi recolhida durante a ação que mobilizou mais de 125 policiais civis.

“Vamos analisar todos os documentos apreendidos para verificar qual o próximo caminho a ser seguido, qual a linha que a investigação vai tomar e se as provas serão aptas a produzirem algum indiciamento dos investigados”, explicou o delegado André Lobo Anicet. “Cerca de 30% dos contratados eram superfaturados”, acrescentou.



Indícios de falsidade

Já o delegado Max Otto Ritter disse que, além do superfaturamento, existem também indícios de falsas prestações de serviços e de contas, envolvendo por exemplo os trabalhos de manutenção de casas de bomba e limpeza de bueiros. “Em abril, o próprio Tribunal de Contas do Estado entendeu que há fortes indícios de superfaturamento e de irregularidades, de ilícitos criminais envolvendo todos os contratos prestados entre o poder público e empresas”, observou.

Os investigados poderão ser indiciados por peculato, corrupção ativa e passiva, além de associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895