Operação contra roubos a pedestres em Canoas é desencadeada pela Polícia Civil

 A Polícia Civil deflagrou ao amanhecer desta quinta-feira a primeira fase da operação Quarentena com o objetivo de combater crimes de roubo a pedestre na Região Metropolitana de Porto Alegre. A ação foi coordenada pela 4ª DP de Canoas, sob comando do delegado Thiago Lacerda. O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Mario Souza, contabilizou que cerca de 500 ocorrências foram registradas nos últimos seis meses na cidade. Segundo ele, uma parte desses assaltos foi cometida por 27 criminosos que estão agora sob investigação. Durante a ação, os agentes prenderam 11 assaltantes e apreenderam aproximadamente R$ 79 mil em dinheiro, um total de 28 celulares, além de outros documentos, objetos, bolsas e pertences de vítima. Um Hyundai Elantra foi recolhido junto com drogas e um simulacro de arma de fogo. “Teremos mais fases da operação”, assegurou.

Houve o cumprimento de 33 ordens judiciais, sendo 27 mandatos de busca e apreensão e outros cinco mandados de prisão temporária nas residências vinculadas aos investigados e receptadores. A ação aconteceu nos bairros Rio Branco, Harmonia, Fátima, Centro, Niterói e Guajuviras, em Canoas, e ainda na Ilha das Flores, em Porto Alegre. Cerca de 125 policiais civis com 37 viaturas foram mobilizados, tendo apoio aéreo do helicóptero Gavião Uno e do efetivo tático da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).

Segundo o delegado Thiago Lacerda, o trabalho investigativo apurou dezenas ocorrências de assaltos que geraram inquéritos onde foi possível a identificação dos criminosos. “Os suspeitos utilizavam armas de fogo para realizar os assaltos à mão armada principalmente em paradas de ônibus e estações de trem além da área central da cidade”, observou. “Em algumas ocasiões agiam com violência em relação à vítima”, acrescentou. O titular da 4ª DP de Canoas citou, como exemplo, uma mulher que teve a bolsa roubada após ser derrubada no chão e chutada, ficando ferida.

Na apuração dos casos, os agentes da 4ª DP de Canoas tiveram acesso às imagens do sistema de monitoramento da prefeitura municipal e fizeram pesquisas dos casos. “A operação policial especial, denominada Quarentena, é advinda de extensa investigação policial. Uma operação que visa prender os ladrões a mão armada e também os receptadores dos pertences das vítimas roubadas nas vias de Canoas”, enfatizou o delegado Thiago Lacerda. “O roubo a pedestre é um crime que atinge toda a sociedade, o bairro, o dia a dia das pessoas”, concluiu o delegado Thiago Lacerda.

Já o delegado Mario Souza destacou que a operação Quarentena foi realizada para “não permitir que nesse momento especial de pandemia e novas rotinas, até mesmo com menos fluxo de pessoas nas ruas, os criminosos se aproveitem dessa situação”. Ele pediu que as pessoas façam as denúncias. “Um roubo pode virar um latrocínio”, alertou, referindo-se à morte da vítima em assalto.