Operação da PF na Abin prende dois e afasta outros cinco servidores

Operação da PF na Abin prende dois e afasta outros cinco servidores

Agentes encontraram mais de 171 mil dólares em espécie na casa de um dos funcionários do órgão

Correio do Povo

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A operação Última Milha, deflagrada na manhã desta sexta-feira pela Polícia Federal, prendeu dois servidores que atuam na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, foram detidos Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky, encontrados por policiais no Distrito Federal. Outros cinco funcionários do órgão foram afastados de suas funções no dia de hoje. 

As ordens de detenção e de afastamento foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Na casa de um dos servidores afastados, os policiais federais encontraram 171,8 mil dólares em espécie. 

Os agentes estiveram presentes em 25 endereços em Brasília (18), Alexânia (GO - 1), São Paulo (1), São José dos Campos (SP - 1), Curitiba (1), Maringá (PR-1), Florianópolis (1), São José (SC - 1) e Palhoça (SC - 1).

A ofensiva mira supostos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

De acordo com a PF, o grupo sob suspeita teria usado o sistema da Abin - um "software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira" - para rastrear celulares "reiteradas vezes". Os crimes teriam sido praticados sob o governo Jair Bolsonaro. À época, o órgão era comandado por Alexandre Ramagem.

Os servidores presos nesta manhã teriam usado o "conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão" em processo administrativo disciplinar do qual eram alvo.


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