Operação desarticula grupo envolvido com jogos de azar no Rio Grande do Sul
Organização criminosa é suspeita de lavar dinheiro e movimentar meio bilhão de reais
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Estão sendo cumpridos 14 mandatos de prisão e 73 mandados de busca e apreensão, além de 57 apreensões de veículos e 19 sequestros de imóveis. A investigação identificou uma infraestrutura organizada que atuava por trás de máquinas de apostas. Entre os valores apreendidos, foram identificados valores em moeda nacional, dólar, euro e peso uruguaio.
Por 16 meses, sob coordenação da Delegada Ana Tarouco, a equipe do SIPAC e SAE (totalizando 06 agentes), conduziu investigação voltada a desarticular dois conglomerados criminosos atuantes no ramo dos jogos de azar no RS, configurando também os delitos de organização criminosa e lavagem de capitais.
Durante este período, 14 cidades foram visitadas pela equipe, resultando em 267 horas de vigilância in loco e quase 12 mil quilômetros percorridos. Ainda, centenas de números de telefone foram interceptados, representando 415 mil ligações e 5,7 mil horas de conversação.
A investigação buscou descobrir toda a cadeia criminosa que atua por tras das máquinas de apostas, identificando uma infraestrutura organizada e hierarquizada, formada por apontadores, recolhedores, gerentes, laranjas, equipe de TI, suporte logístico e líderes, numa atuação, acredita-se, inovadora em se tratando de investigação de jogos de azar.
“É a maior operação de lavagem de capitais da PCRS (até agora, dado o volume financeiro movimentado”, afirma o Chefe de Polícia, Delegado Emerson Wendt. Segundo a Delegada Ana Tarouco, “os trabalhos terão seguimento ao longo dos meses, porque a infraestrutura dos grupos para além das fronteiras do Rio Grande do Sul também é objeto de investigação”.