Operação do governo federal prende quase 13 mil por suspeita de feminicídio e agressão a mulheres
Ação é coordenada pelo Ministério da Justiça; São Paulo e Rio de Janeiro lideraram denúncias recebidas entre agosto e setembro
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O Ministério da Justiça e Segurança Pública divulgou nesta sexta-feira (7) o balanço da Operação Maria da Penha, realizada este ano em todo o país. A ação, que tem o objetivo de combater a violência doméstica, terminou com 12.855 suspeitos presos por agressões e casos de feminicídio.
A operação ocorreu entre agosto e setembro, com 220 mil agentes de segurança envolvidos nas ações. Nesse período, 58.340 boletins de ocorrência com denúncias do tipo foram registrados e motivaram a concessão de 41,6 mil medidas protetivas às vítimas ameaçadas.
Na comparação com a primeira edição da operação, em 2021, a quantidade de prisões, que naquele ano foi de 14,1 mil, diminuiu em 8,8% na nova ação. No entanto, o total de medidas protetivas expedidas subiu 4,5% em 2022, em comparação ao ano anterior, quando 39,8 mil foram concedidas.
A maior parte das denúncias de violência doméstica registradas pelo telefone da Polícia Civil, o 190, partiu do estado de São Paulo: 9,4 mil queixas. O Rio de Janeiro ficou em segundo lugar com 5,1 mil registros.
Violência doméstica
A Lei Maria da Penha tipifica a violência doméstica contra a mulher e abrange violações que vão desde lesões, sofrimento físico, sexual ou psicológico, dano moral ou patrimonial, à morte, motivadas pelo gênero da vítima.