Operação Hórus cumpre 160 ordens judiciais e desmantela organização criminosa no RS, PR e Bahia

Operação Hórus cumpre 160 ordens judiciais e desmantela organização criminosa no RS, PR e Bahia

Grupo tinha cede principal em São Luiz Gonzaga e movimentou mais de R$25 milhões em 8 meses

Correio do Povo

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A Polícia Civil junto com a Brigada Militar,  desmantelou na manhã desta quinta-feira uma organização criminosa que vendia e falsificava agrotóxicos proibidos no Brasil. A operação Hórus, foi conduzida pelo Departamento de Polícia do Interior (DPI) e pela Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas de São Luiz Gonzaga (Draco) , e cumpriu execução de mais de 160 ordens judiciais, incluindo 11 mandados de prisão preventiva, 55 mandados de busca e apreensão em residências e empresas, 22 mandados de busca e apreensão de veículos, 37 mandados de sequestro de bens e rendas e suspensão dos CNPJs das empresas “laranjas”, no Rio Grande do Sul, Paraná e Bahia.

O grupo criminoso era chefiado por um grupo de produtores rurais e empresários, alguns deles do ramo de insumos agrícolas, sendo que alguns deles movimentaram, em poucos meses, entre janeiro e agosto deste ano, mais de R$ 25 milhões em contas bancárias de terceiros No RS, as ordens judiciais foram executadas em São Luiz Gonzaga, Santo Antônio das Missões, Roque Gonzales, Bossoroca, Santiago, Itacurubi, Passo Fundo, Marau, Palmeira das Missões, Nova Ramada, Santo Ângelo, Giruá, Humaitá, Tiradentes do Sul e Cruz Alta.

As investigações da Draco de São Luiz Gonzaga focaram no fato de que, desde meados de 2021, o RS tornou-se a porta de entrada de agrotóxicos ilegais fabricados na China e na Índia, que ingressam no território brasileiro pelos países vizinhos da Argentina e Uruguai.

Segundo a Polícia Civil, a organização criminosa tinha como sede principal a cidade de São Luiz Gonzaga e se dividia em seis células, que eram compostas por 34 pessoas físicas e três empresas. Dois grupos menores, um deles sediado em Roque Gonzales e outro em Humaitá, eram os responsáveis pelo fornecimento dos agrotóxicos proibidos e insumos usados na falsificação. As demais quatro células se dividiam na falsificação dos produtos e embalagens, na venda dos agrotóxicos proibidos e na lavagem da renda do crime por meio de “laranjas”, tendo como sede principal a cidade de São Luiz Gonzaga.

Diversas cargas de agrotóxicos ilegais foram enviadas para produtores rurais em todo o país, em especial Rio Grande do Sul e Bahia. A Draco São Luiz Gonzaga monitorou as movimentações financeiras dos investigados e constatou ainda atividades empresariais usadas para a lavagem da renda do crime, como uma conhecida loja de roupas de grife, uma empresa do ramo de insumos agrícolas e uma pequena empresa de fabricação de cucas, todas localizadas na cidade.


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