Operação Judas cumpre quatro mandados de prisão preventiva em São Sepé

A fim de combater os crimes de corrupção ativa e passiva realizado por agentes penitenciários e apenados no interior do Presídio Estadual de São Sepé, na região Central, a Polícia Civil desencadeou nesta quinta-feira a Terceira fase da “Operação Judas”. Durante a ação, os policiais cumpriram quatro mandados de prisão preventiva. Do total, dois agentes penitenciários, de 49 e 46 anos, foram presos. As investigações apontam que eles seriam responsáveis por facilitar a entrada de aparelhos telefônicos no interior da casa prisional.

Durante a operação, coordenada pela titular da DP de São Sepé, delegada Carla Dolores Castro de Almeida, foram presos um homem de 38 anos, que cumpre prisão em regime de tornozeleira eletrônica, e uma mulher, de 43 anos, apontados como membros de uma associação criminosa que realizava a entrada de aparelhos telefônicos para o interior do presídio com a facilitação dos agentes penitenciários. 

Além de corrupção ativa e passiva, a polícia investiga ainda os crimes de exploração de prestígio, advocacia administrativa, favorecimento real, prevaricação e associação criminosa realizados por agentes penitenciários no interior do presídio. “São mais de sete meses de investigações. Agora entramos na terceira fase. Com o encerramento do inquérito, tenho prazo de dez dias para a conclusão devido ao cumprimento dos quatro mandados de prisão preventiva”, explica. 

Carla destaca que foi realizado o sequestro de uma motocicleta CB Hornet 600F de propriedade de um apenado, adquirida com dinheiro ilícito do esquema, licenciada em nome de um laranja. “Nada impede que, havendo notícia de mais delitos, que se continue a investigação”, alerta. As investigações tiveram início em maio do ano passado, após denúncia de um apenado sobre o esquema envolvendo os agentes penitenciários.

A primeira fase da operação ocorreu em setembro de 2022, quando foram apreendidos cinco aparelhos celulares e drogas. Em novembro daquele ano, a Polícia Civil efetuou a segunda parte da operação, que resultou em sete mandados de busca e apreensão nas casas dos agentes penitenciários investigados. Além da DP de São Sepé a operação teve o apoio de delegacias de Santa Maria, de Formigueiro e de agentes da Corregedoria da Susepe.