Operação mira funcionários da construção civil que integravam quadrilha em Porto Alegre e Canoas

Operação mira funcionários da construção civil que integravam quadrilha em Porto Alegre e Canoas

Segunda fase da Operação Falsos Obreiros apura participação de assistentes de obra em grupo especializado em roubo de materiais

Marcel Horowitz

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O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil deflagrou a segunda fase da Operação Falsos Obreiros, nesta quarta-feira, que tem como alvo uma quadrilha especializada em roubar materiais de construção civil em na zona Sul de Porto Alegre e Canoas, na região Metropolitana. As diligências abrangem cinco mandados de prisão preventiva e dois de temporária, além de 13 ordens de busca e apreensão. Sete criminosos foram presos na primeira fase da ação, desencadeada no dia 15 de setembro. 

A ofensiva é resultado de uma investigação conjunta entre a 1ª DP de Repressão a Roubos  e a DP de Repressão a Roubo e ao Furto de Cargas. A partir das apurações, foi revelada a existência de um grupo criminoso com foco no roubo de fios de cobre,  ferramentas e de materiais de construção, em grandes canteiros de obras na Capital e região Metropolitana. 

Conforme o delegado João Paulo de Abreu, titular da 1ª DP de Repressão a Roubos, os investigados vestiam uniformes e equipamentos de proteção individuais, se passando por trabalhadores da construção civil. Ainda conforme o delegado, o grupo também alugava caminhões para adentrar nos canteiros de obras. Armados, eles então rendiam os funcionários e os obrigavam a carregar os materiais para dentro dos veículos, sob ameaças de morte e agressões.

"Com o aprofundamento das investigações, foi possível identificar que um funcionário da obra estava envolvido no crime", destacou Abreu. "Ele inclusive aparece nas imagens de câmeras de segurança com os criminosos, bem descontraído. Esse homem é um dos que teve prisão preventiva decretada pelo Judiciária."

A segunda fase de operação acontece em decorrência de crimes praticados entre os dias 9 de junho e 12 de agosto. Um desses delitos ocorreu na rua Afonso Pena, bairro Mato Grande, em Canoas. Outras duas ocorrências foram registradas na rua Família Gonçalves Carneiro, no bairro Cavalhada, em Porto Alegre.  


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