Operação Rodin: condenado um dos sócios da Pensant Consultoria

Operação Rodin: condenado um dos sócios da Pensant Consultoria

Empresário foi absolvido da acusação de enriquecimento em dispensa indevida de licitação

Rádio Guaíba

publicidade

O juiz Loraci Flores de Lima, da 3ª Vara Federal de Santa Maria, condenou um dos sócios da Pensant Consultoria, Diogo de Gregori, pelo crime de associação em quadrilha ou bando, em ação penal originada na chamada Operação Rodin, da Polícia Federal. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira. O empresário foi absolvido, porém, da acusação de enriquecimento em dispensa indevida de licitação. Esse é o nono processo criminal a ser sentenciado.

• Leia mais sobre a Operação Rodin

Gregori havia sido denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) sob a alegação de que havia se beneficiado do contrato celebrado em 2007 pelo Detran com a Fundação Educacional para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento do Ensino (Fundae). Conforme denúncia, o objetivo da transação era possibilitar, por meio de diversas subcontratações feitas pela Fundae, a destinação de parte dos recursos repassados pela autarquia ao pagamento de propina a agentes públicos e ao enriquecimento ilícito de sócios das empresas terceirizadas, de fato e de direito.

A Operação Rodin, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2007, investigou irregularidades ocorridas entre os anos de 2003 e 2007 em contratos firmados com a Fatec e a Fundae, vinculadas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), para a realização dos exames teóricos e práticos de direção veicular para fins de expedição da Carteira Nacional de Habilitação. O MPF estimou que foram desviados R$ 90 milhões, em valor atualizado.

Sócio da Pensant desde 2003, o réu teve a cota societária aumentada a partir de 2007, período em que houve mudança de ocupante do cargo de diretor-presidente do Detran e rescisão do contrato da autarquia com a Fatec para a confecção das provas da carteira de motorista. De acordo com o MPF, Diogo de Gregori era responsável por redigir minutas de contratações, aditivos e termos de referência, além de realizar tratativas quanto aos pagamentos a serem feitos pela fundação de apoio.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895