Operação Têmis prende 114 milicianos no Rio

Operação Têmis prende 114 milicianos no Rio

Em 180 dias, a polícia apreendeu 1.445 veículos e 710 máquinas caça-níqueis

AE

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O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, anunciou nesta quarta-feira que a Operação Têmis prendeu 114 milicianos, entre eles 26 policiais militares e cinco policiais civis, em 180 dias. A polícia apreendeu 1.445 veículos e 710 máquinas caça-níqueis e fechou 20 centrais de TV pirata, 41 depósitos clandestinos de gás em botijão e uma central de "gato velox" (pirataria de acesso a internet, para revenda clandestina) operada por milícias.

O secretário afirmou que a operação diminuiu em 45% os homicídios na zona Oeste. A região, que abrange os bairros de Santa Cruz, Campo Grande e Guaratiba, concentra 40% dos homicídios da capital fluminense.

Beltrame, porém, evitou comentar o estudo do Núcleo de Pesquisa das Violências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), que apontou um crescimento das milícias. Segundo o levantamento, os paramilitares já dominam mais favelas que qualquer facção criminosa ligada ao tráfico de drogas. "Não conheço a pesquisa. A informação que tenho é que a milícia se retraiu em função do nosso trabalho na zona oeste. Trabalhamos com provas", declarou o secretário.

O nome escolhido para a operação (Têmis) é uma homenagem à deusa grega guardiã dos juramentos dos homens e da lei.

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