Ossada encontrada em Minas pode ser de Eliza Samúdio

Ossada encontrada em Minas pode ser de Eliza Samúdio

Exame de DNA que pode comprovar suspeitas da Polícia Civil sai na próxima semana

AE

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A Polícia Civil de Minas Gerais analisa uma ossada que pode ser o corpo da modelo Eliza Samudio, desaparecida desde junho de 2010. Características de ossos encontrados em janeiro deste ano, na cidade de Nova Serrana (MG), batem com as da ex-namorada do goleiro Bruno. Golpes na cabeça, a ausência de algumas partes do corpo e o tamanho do pé, número 37, são alguns fatores que chamaram a atenção dos policiais. O exame de DNA ficará pronto na próxima semana.

A ligação entre o corpo achado em janeiro e o de Eliza se deu agora por causa da divulgação de um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte(MG). Ele traz várias semelhanças com a ossada de Nova Serrana, no centro-oeste do Estado, perto do Distrito de Martinho Campos, terra da ex mulher de Macarrão, A altura da mulher encontrada (1,70 metro) também bate com a de Eliza Samudio.

Neste sábado, também foi divulgado que Bruno, condenado como mandante do homicídio, perdeu o direito de trabalhar na penitenciária Nelson Hungria por indisciplina. Conforme a Secretaria e Estado de Defesa Social (Seds), ele teria protagonizado uma briga com outro detento. Dessa forma, o goleiro não pode reduzir seu tempo de prisão com trabalho em quanto a punição não for revista.

Ossos foram expostos por erosão


A ossada estava em um buraco de cerca de 6 metros de profundidade em propriedade rural, ao lado de uma estrada vicinal, perto da BR-262. O acesso ao local se dá por outra vicinal, que foi usada por quem seguiu até lá para enterrar o corpo.

De acordo com o delegado da cidade, Rodrigo Noronha, o corpo não tinha as mãos e um braço. Junto aos ossos havia uma sandália de número 37 fabricada no Sul do país, próximo à terra da modelo, que era do Paraná. Também foram localizados um cinto e peças femininas de roupas que provavelmente eram usadas pela mulher assassinada.

A arcada dentária do corpo também chamou a atenção, pois era perfeita, segundo o delegado, diferentemente das vítimas de homicídios normalmente achadas na região. Além de não ter um braço, faltava parte do outro. O crânio apresentava um afundamento do lado esquerdo, o que coincide com os relatos sobre a morte de Eliza, uma vez que ela teria sido agredida com uma coronhada justamente desse lado.

De acordo com a polícia, o corpo apareceu por causa da erosão causada pelas chuvas. Ele tinha duas marcas de tiro na cabeça e uma na coluna cervical. Disparos assim geralmente são feitos por quem tem conhecimento na área, o que pode levar ao ex-policial civil Bola, apontado como responsável pela execução. Nesse caso cairia a tese de que Eliza morreu asfixiada.


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