Pai é preso após oferecer filho de dez dias pela internet

Pai é preso após oferecer filho de dez dias pela internet

Homem, que afirmou ter feito uma brincadeira, foi preso em Belo Horizonte

Correio do Povo

Pai é preso após oferece filho de dez dias pela internet

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Um homem foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais sob suspeita de anunciar o filho de 10 dias em um site de classificados na Internet. A postagem, feita na cidade de Contagem (MG), foi realizada nessa segunda-feira no portal OLX. Na página o texto anunciava: “vendo lindo bebê com 10 dias de vida, homem lindo, com saúde total e comprovada. Ótimo investimento. Valor a combinar”. Abimael Moreira Caldeira Costa, o pai, e a esposa, Fiama Aparecida, foram presos em flagrante na cidade de Ibirité, na Grande Belo Horizonte.

Depois de ouvida, Fiama foi liberada, mas segue sob investigação. O pai admitiu ter feito o anúncio. Ele disse que se tratava de uma brincadeira. A postagem no site de classificados apresentava fotos do bebê. As investigações da Polícia Civil começaram após denúncias que chegaram à delegacia em Contagem. Os agentes encontraram o casal em Ibirité, com o bebê e outros dois filhos, uma menina de 4 anos e um menino, de 2. Segundo a Polícia, não havia sinais de maus-tratos. Os três foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de exame de corpo de delito e, em seguida, foram entregues ao Conselho Tutelar do bairro Petrolândia, em Contagem.

Como a família foi localizada em Ibirité, a suspeita é que o casal estaria em fuga. A Polícia Civil encontrou com os acusados as roupas que o bebê utilizava nas fotos. No telefone de Fiama foram achados e-mails de confirmação da postagem no site.

Costa e a mulher afirmaram que o telefone celular era utilizado pelos dois. O pai foi autuado pelos artigos 232 e 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que consistem em “submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento” e “oferecer criança em troca de promessa ou recompensa”, conforme informações da Polícia Civil de Minas Gerais. “No caso da oferta, mesmo que a compra não tenha sido efetivada, a ação consiste em crime”, explicaram as autoridades mineiras.

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