Pai que estuprou quatro filhas é preso em Portão

Pai que estuprou quatro filhas é preso em Portão

Uma adolescente de 17 anos ficou grávida; a mãe sabia dos abusos

Correio do Povo

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A Polícia Civil anunciou a prisão preventiva de um pai que estuprou quatro filhas em Portão. A mãe das meninas sabia dos abusos. As vítimas foram duas gêmeas de 12 anos, uma adolescente de 15 anos e outra de 17 anos, sendo que essa inclusive ficou grávida. Todas foram encaminhadas para exame de verificação de violência sexual e perícia psíquica, sendo depois abrigadas em uma casa de acolhimento em Novo Hamburgo. Uma outra filha, de 19 anos, foi a única que não quis comparecer na delegacia para esclarecer se foi ou não abusada pelo pai.

A investigação sobre o crime de estupro de vulnerável está sendo conduzida pelo delegado Marcos Mesquita Moreira. O Conselho Tutelar acompanha o caso. O Ministério Público do Rio Grande do Sul opinou favoravelmente ao pedido de prisão preventiva, deferido pela Comarca de Portão. No entanto, a detenção da mãe foi indeferida pela Justiça.

No interrogatório realizado na última quarta-feira, o pai, de 40 anos, confessou ter abusado sexualmente apenas da filha de 17 anos de idade, alegando que "ela queria manter relações com ele". Disse ainda ter certeza de que é pai do filho dela e que “é seu filho e neto", negando o abuso nas demais filhas.

Em depoimento, a mãe das vítimas admitiu que tinha conhecimento dos abusos, mas nada fez para impedir. Ela inclusive falou que presenciou a menina de 12 anos chorando após ter sido abusada pelo pai, fato ocorrido há três meses, tendo visto o suspeito saindo do quarto dela. O pai negou no início, mas depois confirmou.

O delegado Marcos Mesquita Moreira informou nessa quinta-feira que aguarda os laudos de violência sexual e das perícias psíquica e de violência sexual, mas “informalmente foram confirmados os vestígios de violência sexual”. Conforme o titular da DP de Portão, “o inquérito policial será remetido ao Poder Judiciário assim que todas as diligências e perícias forem realizadas”.

“Colhemos material genético dele para comparação com o do filho e confirmação de paternidade”, acrescentou. “Coletamos material genético para exame de DNA e confronto com o suposto filho dele com a filha de 17 anos, um bebê que está com 11 meses”, detalhou. “Vamos tentar ouvir a filha maior, de 19 anos, para ver se ela também confirma os abusos”, adiantou, acreditando que a mesma também foi violentada.

“Tudo começou com o disque denúncia, o número 100 do Ministério da Justiça, onde foi feita uma denúncia e foi dado endereço”, explicou, citando que o caso chegou à Polícia Civil e ao Conselho Tutelar na segunda-feira passada. “Conseguimos convencer as vítimas a falarem informalmente no local e aí deslocamos com elas até a delegacia para começar as oitivas”, observou.

“Sentimos que as vítimas e a esposa estavam bastante assustadas e resistentes em falar”, recordou, ressaltando que procurou tranquilizá-las. “Ele é quem sustenta o lar, elas são tudo dependentes dele...Existe um medo misturado com respeito”, avaliou o delegado Marcos Mesquita Moreira. “Todas confirmaram os abusos, inclusive alguns detalhes”, frisou.

O investigado possui uma ocorrência policial em 2007, em Estrela, onde teria agarrado uma jovem. Em outra ocorrência, em 2002 em Porto Alegre, ele foi acusado de ter abusado de uma menor de idade.


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