Papagaio tem nova advogada de defesa

Papagaio tem nova advogada de defesa

Assaltante de bancos teve audiência transferida para 20 de março

Álvaro Grohmann / Correio do Povo

Camila Mollerke, de 23 anos, aceitou o desafio

publicidade

Uma jovem advogada criminalista é quem vai defender a partir de agora um dos mais famosos assaltantes de bancos e carros-fortes, Cláudio Adriano Ribeiro, de 45 anos, o Papagaio, que está recolhido na Penitenciária Modulada de Montenegro desde que foi recapturado no dia 24 de dezembro de 2011, em Brusque (SC). Formada há um ano em Direito no UniRitter, Camila Mollerke, de 23 anos, aceitou o desafio de defendê-lo mesmo diante da situação jurídica dele, qualificada como "um caso complexo". Para a advogada, trata-se de um grande desafio profissional no início de sua carreira.

Para inteirar-se de todo o processo de execução criminal de seu novo cliente, contido em 16 volumes, Camila solicitou a carga dos autos e já obteve a transferência da audiência de Papagaio, inicialmente prevista para o dia 24 deste mês. A nova data foi fixada para o dia 20 de março na Vara de Execuções Criminais de Novo Hamburgo, quando Papagaio vai apresentar as justificativas para a última fuga, ocorrida em 15 de abril de 2011. "Vamos ver o que pode ser feito", observa, referindo-se à intenção de tentar obter novamente a permanência dele no regime semiaberto em vez do regime fechado, como quer o Ministério Público devido às sucessivas fugas. "Vou lutar por ele", assegura.

A advogada conta que foi indicada pelo irmão de Papagaio, mas não sabe quem sugeriu seu nome. Antes de aceitar, ela telefonou para a antiga defensora do apenado, Maria Helena Viegas, para confirmar a desistência dela em defendê-lo. Camila já se reuniu com Papagaio no parlatório da Penitenciária Modulada de Montenegro, mas a conversa foi breve. "Ele estava bem tranquilo e disse que não importava a minha idade, mas que fizesse um bom trabalho", relembra. Ela destaca a importância de existir uma relação de confiança como a que Papagaio teve e ainda possui com sua antiga defensora Maria Helena Viegas.

Uma nova conversa com Papagaio deve ser realizada para saber os pedidos do apenado. "Vamos ver o que é viável ou não", diz. Camila acredita que sempre teve vocação para atuar como advogada criminalista, tendo realizado estágios nesta área quando era estudante. "Todos têm direito à defesa, independentemente do que tenham feito", defende.


Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895