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PC colhe depoimentos e aguarda laudos para solucionar tragédia com três mortes em Porto Alegre

Delegada Isadora Galian ouviu familiares da família nesta sexta-feira

Crime ocorreu na avenida Bento Gonçalves | Foto: Mauro Schaefer / CP Memória

A Polícia Civil (PC) segue investigando, nesta sexta-feira, as motivações para a tragédia que deixou três mortos e um ferido na noite de quinta-feira. Na manhã de hoje, familiares das vítimas prestaram depoimento à delegada Isadora Galian, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DPHPP) da PC. 

A delegada observou que os depoimentos colhidos “descrevem uma ação clara: ele não apresentava nenhum sinal de que cometeria algum crime”, disse hoje à reportagem da Record TV RS durante o programa Balanço Geral. Familiares ouvidos confirmaram que o brigadiano inativo cometeu mesmo um ato de desespero. “Não notaram absolutamente nada de diferente nele”, frisou. “A gente não pode agora afirmar se foi um crime premeditado. Só a investigação poderá esclarecer”, enfatizou.

O policial militar aposentado matou a tiros a esposa, o neto dela e feriu o filho, antes de tira a própria vida. A tragédia familiar ocorreu na quinta-feira na moradia, situada na avenida Bento Gonçalves, no bairro Partenon, em Porto Alegre. Uma carta de despedida dele foi apreendida no local do crime, além do revólver usado pelo homem. A arma estava regular e em nome dele.

De acordo com a Isadora Galian, os familiares não apontaram “nenhum histórico de depressão, nenhum acompanhamento psicológico, nenhum histórico de doença psiquiátrica que justificasse” o ato. Ela confirmou que a crise financeira na família teria sido o motivo da ação tomada pelo sargento da reserva remunerada da Brigada Militar. “Ele apresentava dificuldades financeiras graves. A família estava realmente precisando de ajuda, precisando de alimentos”, disse. 

A responsável pela 1ª DPHPP aguarda ainda os laudos de necropsia e toxicológicos do Instituto-Geral de Perícias para “saber as circunstâncias destas mortes”. De acordo com a delegada Isadora Galian, o local do crime permanece isolado. Imagens de câmeras de segurança do entorno foram recolhidas para investigação.

“Diversas oitivas serão realizadas, principalmente dos vizinhos”, adiantou, ao referir-se à continuidade do trabalho investigativo. “O inquérito tem seu tempo. Não cabe à Polícia Civil fazer julgamentos. Cabe apurar todas as circunstâncias destas mortes da forma mais técnica possível e trazer uma resposta à sociedade”, concluiu na entrevista à Record TV RS.

Em nota oficial, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) ressaltou que um perito criminal esteve no local da tragédia. "A trajetória dos disparos da arma de fogo é fundamental para determinar a dinâmica do crime", destacou a instituição, lembrando que "o atendimento foi realizado pelo Departamento de Criminalística e que "os corpos foram recolhidos pelo Departamento Médico-Legal, onde serão realizadas as necropsias".

Correio do Povo