PC investiga caso de jovem que transmitiu live torturando e matando cão em Lindolfo Collor

PC investiga caso de jovem que transmitiu live torturando e matando cão em Lindolfo Collor

Adolescente está em unidade da Fase, em Novo Hamburgo, após mandado de internação provisória

Correio do Povo

Polícia Civil apreendeu facas e bermuda para investigação

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A Polícia Civil investiga o caso de um adolescente da cidade de Lindolfo Collor, na região do Vale do Rio dos Sinos, que furtou, torturou, matou e decapitou um cão. As cenas de violência foram exibidas ao vivo em uma rede social na noite do dia 23 de dezembro.

O jovem está em uma unidade da Fundação de Assistência Social e Comunitária (Fase), em Novo Hamburgo, após cumprimento de mandado de internação provisória em Ivoti. Objetos utilizados no ato, como uma faca, um martelo, um telefone celular e uma bermuda, foram apreendidos pelos agentes. 

O menor de idade faria parte de um grupo extremista na internet – também responsável por ameaças de incêndio ao prédio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Brasília, após o órgão liberar a vacinação contra a Covid-19 ao público infantil.

O grupo também ameaçou a delegada Raquel Peixoto, encarregada do caso, e ainda insinuou ataques no Vale do Rio dos Sinos, falando em “metralhar” uma escola e uma creche. A delegada observou que “o adolescente já estava internado e provavelmente não foi ele quem fez as ameaças, mas sim alguém da rede utilizando os dados dele”.  

Em depoimento, o adolescente, assistido por advogado e por sua mãe, confessou o ato infracional, relatando em minúcias como funciona o grupo no qual participava e que o teria obrigado e incentivado a cometer o ato.

O grupo extremista na internet seria frequentado por cerca de 300 membros, sendo que a live do adolescente foi assistida por aproximadamente 30 outros jovens que o orientavam, davam ideias e o incentivaram na crueldade. Os integrantes do grupo são residentes em vários estados do país. De acordo com os policiais civis, os jovens vão cumprindo desafios para subir na hierarquia interna e ganhar, inclusive, dinheiro – cuja renda seria obtida através de cartões clonados. 

Conforme os agentes, os extremistas louvam ideologias nazistas. As investigações continuam com a análise de vasto material recebido sobre as atividades do adolescente e do grupo do qual ele fazia parte.


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