Pecuarista é condenado a 118 anos de prisão por chacina
Crime em fazenda de Soledade ocorreu em 2001
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A sessão no Tribunal do Júri da comarca de Soledade começou às 9h. A sentença foi lida quase 12 horas depois.
As vítimas foram o comerciante de Passo Fundo, Augusto Ricardo Ghion, o Marau, 48 anos, a esposa dele, Liamara Ghion, 48 anos, a sobrinha do casal, Ana Marina Cavalli, 15 anos, o capataz da fazenda Olmiro Adelar Graeff, 53 anos, a esposa dele, Nice Graeff, 45 anos, e o filho do casal, Alexandre Graeff, 16 anos. A filha do comerciante, uma adolescente de 13 anos, foi ferida com dois tiros, mas sobreviveu.
O crime
O crime teria sido motivado porque o réu não aceitava o fato do pai ter vendido terras da família para Augusto Ricardo Ghion. O peão Márcio Camargo mudou a versão do crime em diferentes ocasiões, mas sempre manteve a acusação de que Mairol Batista da Silva teria sido o mandante.
Camargo revelou na época que primeiro matou a esposa de Ghion, Liamara, a mulher do capataz Nice Graeff e o filho Alexandre Graeff na sede da fazenda. Depois disso, ele esperou a chegada das outras vítimas para cometer os assassinatos. Todos foram mortos a tiros. A única sobrevivente da chacina foi a filha de Marau, que reconheceu o peão como autor das mortes.
O peão foi preso e levado para a Penitenciária Modulada de Ijuí, mas conseguiu fugir. Em 2003, ele foi morto durante uma tentativa de assalto a um bar em Soledade. A sessão do júri no Fórum de Soledade será presidida pela juíza Karen Luise de Souza Pinheiro. A acusação estará a cargo dos promotores de Justiça, Fabiano Dalazen e Tânia Maria Bitencourt, com a assistência do advogado Nereu Lima. A defesa do réu será feita por Osmar Teixeira.