Perícia estima que vítimas de chacina morreram na semana passada

Perícia estima que vítimas de chacina morreram na semana passada

Quatro das cinco vítimas foram executadas com tiros na cabeça

Ananda Müller/Rádio Guaíba

Perícia estima que vítimas de chacina morreram na semana passada

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O delegado Paulo Grillo, diretor do departamento de homicídios de Porto Alegre, assegurou, na tarde desta sexta-feira, que as vítimas de um assassinato quíntuplo na zona Norte da Capital, foram mortas ainda na semana passada. A informação vem de análise inicial da perícia e também do cruzamento de dados referentes à rotina da família. Os corpos foram descobertos após os vizinhos desconfiarem da ausência de movimentação na casa.

Grillo salienta que quatro das cinco vítimas da chacina foram executadas com tiros na cabeça. “Está claro que foi uma execução. Quem fez isso tinha um propósito claro”, disse o delegado. Vizinhos, amigos e familiares estão sendo ouvidos para a montagem do inquérito, mas o investigador lamenta o tempo transcorrido entre as mortes e a descoberta do crime: “o autor desses assassinatos teve tempo suficiente para desmontar provas, construir um álibi. E é uma pena que não tenha chegado a nós algum elemento crucial para a investigação”.

O bebê, que não tinha lesões, pode ter morrido de sufocamento, já que foi localizado sob o corpo da mãe. O pai dele foi localizado em Santa Catarina e também deve ser ouvido, mas não é tratado como suspeito.

Morreram Lourdes Felipe, de 64 anos; os filhos dela, Valmyr Felipe Figueiró, de 30, e Luciane Felipe, de 32; além dos filhos de Luciane, João Pedro Felipe, de 5 anos; e Miguel, de cerca de 20 dias.

Nenhuma das vítimas possuía antecedentes criminais. Valmyr, de acordo com depoimentos de testemunhas, era suposto usuário de drogas. Porções de substâncias tóxicas, inclusive, foram encontradas na casa, fazendo com que a Polícia não descarte relação com o tráfico.

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