Perfil das vítimas de chacina dificulta investigação, diz delegado

Perfil das vítimas de chacina dificulta investigação, diz delegado

Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese do que possa ter motivado crime que matou sete pessoas

Correio do Povo

Sete pessoas foram assassinadas com tiros na cabeça nesta residência no bairro Passo das Pedras

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O perfil das vítimas da chacina, ocorrida na noite da última quinta-feira, no bairro Passo das Pedras, em Porto Alegre, tem dificultado a investigação da Polícia Civil. Na manhã de hoje, o delegado Gabriel Bica, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, explicou que o modo de vida das vítimas, que seriam usuárias de drogas, impede a obtenção de informações junto aos familiares.

"A situação do uso de drogas gerava um afastamento das rotinas das vítimas. (Os familiares) não sabiam o contexto em que (as vítimas) estavam inseridas, com quem andavam, o que faziam. As famílias tentavam trazê-las para fora do ambiente de drogadição, mas não mantinha contato com esse ambiente. As famílias não faziam parte desse contexto e isso dificulta saber se tinham algum temor, uma ameaça", explicou.

• Em sete meses de 2018, Porto Alegre já registra mais de 80% do total de homicídios do ano anterior

As diligências policiais prosseguem intensas. O telefone gratuito 0800-6420-121, que atende mesmo ligações anônimas 24 horas por dia, tem recebido muitas denúncias de suspeitos. “Está chegando bastante”, constatou o delegado, acrescentando que tudo é avaliado e checado. Por enquanto, nenhuma hipótese sobre a motivação para o crime é descartada.

Na chacina, sete pessoas morreram e uma oitava ficou gravemente ferida no interior de uma residência na rua Sotero dos Reis, quase esquina com a avenida Baltazar de Oliveira Garcia, que servia como um frequentado ponto de encontro de usuários de drogas. Havia várias pessoas no local, sendo que algumas conseguiram fugir no momento da invasão da casa.

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