PF combate distribuição de dinheiro falsificado no Rio Grande do Sul
Organização criminosa investigada colocou mais de R$ 150 mil em cédulas falsas de 100 reais em circulação este ano
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Um grupo criminoso responsável por distribuir farta quantidade de dinheiro falso na Região Metropolitana de Porto Alegre foi alvo na manhã desta quinta-feira da Polícia Federal. A operação Sólon foi deflagrada em Porto Alegre, Canoas, Cachoeirinha e Imbé. Cerca de 50 agentes cumpriram quatro mandados de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão. Houve seis prisões. Seis armas, entre pistolas e revólveres, foram recolhidas.
Este ano, a Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul já registrou cerca de 100 ocorrências similares, indicando que o grupo criminoso investigado tenha colocado em circulação mais de R$ 150 mil em notas falsas no valor de 100 reais. Em 2020, em torno de R$ 500 mil em dinheiro falsificado foi despejado na Região Metropolitana de Porto Alegre.
A investigação começou em maio deste ano e identificou que o grupo criminoso utilizava um site de anúncios de produtos usados para repassar cédulas falsificadas através da aquisição de televisores, videogames e smartphones.
Os policiais federais apuraram a participação do líder do esquema em cerca de 40 grupos de aplicativos de mensagem destinados exclusivamente à prática de golpes variados, como geração de boletos falsos, falsificação de diplomas de instituições de ensino, compra e venda de cartões clonados e negociação de dados de terceiros para práticas de fraudes diversas.
Com antecedentes criminais por crimes de moeda falsa, roubo e receptação, o estelionatário foi detido em Imbé. Ele e a companheira eram responsáveis pelo gerenciamento da atividade criminosa. O casal realizava a compra de moeda falsa, a filtragem de anúncios no site e mantinha contato com as vítimas pelo chat e, posteriormente, por aplicativo de mensagem utilizando perfil falso.
Após a negociação e combinada a retirada do objeto, o casal mantinha contato com cúmplices para que se fingissem ser motoristas de aplicativo de transporte, visando a retirada das mercadorias com as vítimas. Já algumas mulheres eram responsáveis por efetuar o pagamento com notas no valor de 100 reais falsas, pertencentes a um mesmo lote de falsificação.