PF confirma apreensão de R$ 1 milhão em operação no Amapá

PF confirma apreensão de R$ 1 milhão em operação no Amapá

Também foram apreendidos cinco veículos de luxo, entre eles uma Ferrari e um Maserati

AE e Agência Brasil

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A Polícia Federal (PF) confirmou nesta sexta-feira a apreensão de R$ 1 milhão, além de cinco veículos de luxo (Ferrari, Maserati, duas Mercedes e um Mini Cooper) e duas armas, como resultado das ações de busca e apreensão da Operação Mãos Limpas, no Estado do Amapá. A operação tem como objetivo prender uma organização criminosa composta por servidores públicos, agentes políticos e empresários que praticava desvio de recursos públicos do Estado e da União.

Foram realizadas 18 prisões entre as quais a do governador do Estado, Pedro Paulo Dias (PP), e do presidente do Tribunal de Contas do Amapá, Júlio Miranda. Cerca de 600 policiais estão mobilizados nas ações em quatro Estados: Amapá, Pará, Paraíba e São Paulo.

A investigação que resultou na Operação Mãos Limpas começou depois que a Superintendência da PF no Estado do Amapá recebeu denúncias sobre ilícitos que estariam sendo praticados em diversos órgãos governamentais do Estado, por agentes políticos e públicos, em conjunto com empresários privados da região.

CGU destinou R$ 800 milhões ao Estado

Um levantamento feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que o governo federal destinou cerca de R$ 800 milhões aos órgãos envolvidos no esquema de corrupção e desvio de verbas descoberto pela Polícia Federal no Amapá. Segundo a CGU, esse montante foi repassado entre 2009 e 2010.

As investigações da Polícia Federal constataram que o esquema de desvio de verbas era executado na Secretaria de Educação do Estado do Amapá, no Tribunal de Contas do Estado (TCE), na Assembleia Legislativa, na prefeitura de Macapá, nas secretarias estaduais de Justiça e Segurança Pública, de Saúde, de Inclusão e Mobilização Social, de Desporto e Lazer e no Instituto de Administração Penitenciária.

A CGU informou que, durante as investigações, fez trabalhos de auditoria e fiscalização em diversos processos licitatórios, contratos e pagamentos a fornecedores envolvendo recursos federais. Foram encontrados muitos problemas, como direcionamento de licitações com aquisição de veículos e equipamentos a preços superiores aos praticados no mercado, desvio de finalidade na aplicação de recursos de convênios, e fraudes em licitações para contratação de empresas de serviços de vigilância e limpeza.

Além de participar da operação, a CGU também fará a análise dos documentos e materiais apreendidos, emitindo pareceres e relatórios que ajudarão a instruir o inquérito policial.


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