PF faz operação contra contrabando de cigarros no RS e em outros quatro estados

PF faz operação contra contrabando de cigarros no RS e em outros quatro estados

No território gaúcho, a ação ocorreu na cidade de Nova Prata

Correio do Povo

Cerca de 200 agentes cumpriram 58 ordens judiciais

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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira a operação Terra Envenenada com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que vinha atuando na importação, transporte e comercialização de cigarros paraguaios e agrotóxicos contrabandeados em todo país. Houve o cumprimento de 58 ordens judiciais no Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Bahia.

No Rio Grande do Sul, a ação ocorreu na cidade de Nova Prata. Cerca de 200 agentes executaram 34 mandados de busca e apreensão e 24 mandados de prisão preventiva, expedidos pela 1ª Vara Federal de Guaíra, no Paraná.

A investigação durou aproximadamente sete meses. A Polícia Federal conseguiu identificar que um número expressivo de carregamentos de cigarros e agrotóxicos ilegalmente importados estavam vinculados com as atividades da organização criminosa.

O grupo contrabandista se dividia em três células. A primeira, baseada em Terra Roxa, no Paraná, onde residiam os principais líderes e integrantes operacionais, era responsável por trazer os agrotóxicos pelo rio Paraná e armazená-los em chácaras e sítios da região. Já a segunda, composta por intermediários, sediados em municípios um pouco mais afastados da fronteira, tinham a incumbência de prospectar a demanda e promover o transporte e segurança das mercadorias. Já a terceira célula era formada basicamente por empresas agropecuárias que adquiriam os pesticidas dos contrabandistas para revenda.

Ao longo do trabalho investigativo, os policiais federais identificaram grandes carregamentos dos produtos contrabandeados sendo entregues a empresários na Bahia, Tocantins, Maranhão e Minas Gerais.

“As atividades delituosas promoveram forte enriquecimento dos integrantes permitindo a compra de imóveis, automóveis, dentre outros bens de alto valor. Portanto, além dos mandados de busca e de prisão preventiva, a operação tem como objetivo descapitalizar a organização criminosa, tendo sido determinado o sequestro de bens móveis e imóveis ligados a 36 investigados, bem como o bloqueio de contas em nome das pessoas físicas e jurídicas vinculadas, em especial dos líderes”, informou a Polícia Federal.

Os envolvidos deverão responder pela prática de contrabando, comércio e transporte de agrotóxicos em descumprimento às exigências estabelecidas na legislação pertinente e participação em organização criminosa. Esses crimes possuem penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 16 anos de prisão.


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