PF faz operação contra tráfico transnacional de drogas e lavagem de dinheiro

PF faz operação contra tráfico transnacional de drogas e lavagem de dinheiro

Houve o cumprimento de 65 medidas judiciais no Rio Grande, Santa Catarina, Paraná e São Paulo

Correio do Povo

Cerca de 130 contas bancárias também foram bloqueadas

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A Polícia Federal de Passo Fundo realizou na manhã desta quinta-feira a operação Rookies, que investiga uma organização criminosa que atua no tráfico transnacional de drogas e lavagem de dinheiro. Houve o cumprimento de 65 medidas judiciais, sendo 22 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e seis mandados de prisão temporária.

A ação ocorreu em Passo Fundo, Marau, Caxias do Sul e Montenegro, além de Itapema (SC), Itajaí (SC), Curitiba (PR), Fazenda Rio Grande (PR) Cascavel (PR), Laranjeiras do Sul (PR), Valinhos (SP) e Vinhedo (SP). Cerca de 130 contas bancárias de 30 pessoas também foram bloqueadas.

A investigação começou a partir da constatação de que um indivíduo que cumpre pena por tráfico de drogas estaria, a partir de sua cela prisional, agenciando remessas de drogas para a Europa.

O investigado contava com o apoio de outros detentos e de pessoas em liberdade, que atuariam arregimentando jovens sem antecedentes criminais para o transporte de drogas para a Europa, mediante pagamento.

Em novembro de 2019, um homem residente em Passo Fundo foi preso no aeroporto de Zurique, na Suíça, quando desembarcava de voo proveniente do Brasil, transportando quatro quilos de cocaína de forma oculta em sua bagagem.

No mesmo mês, uma mulher, também de Passo Fundo, acompanhada de um catarinense, foram presos em Copenhagen, na Dinamarca, quando desembarcavam de viagem proveniente do Brasil, transportando drogas em suas bagagens de forma oculta. O trabalho investigativo apura ainda outros casos de remessas de drogas que resultaram em prisão na Europa.

A organização criminosa também atuava na distribuição regional de drogas em Passo Fundo e região, recebendo drogas de Curitiba (cocaína e maconha) e do litoral de Santa Catarina (drogas sintéticas), repassando a traficantes locais, responsáveis pelo comércio varejista de drogas.

A organização criminosa é investigada igualmente pela lavagem de dinheiro decorrente do tráfico de drogas, uma vez que foram movimentados valores expressivos a partir de contas bancárias de “laranjas”, sejam pessoas físicas ou jurídicas. A Polícia Federal constatou que o grupo de “laranjas”, através de diversas contas bancárias, teria movimentado aproximadamente R$ 220 milhões, no período entre 2017 e 2021.

A operação mobilizou em torno de 90 policiais federais e teve apoio da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e do Departamento de Polícia Penal do Paraná.


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