PF mira contrabando de cigarros liderado por facção no Norte gaúcho

PF mira contrabando de cigarros liderado por facção no Norte gaúcho

Esquema de distribuição ilegal de cigarros paraguaios é alvo da Operação Fumus Prohibitus

Marcel Horowitz

Operação Fumus Prohibitus mira comércio ilegal de cigarros liderado por facção

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Um esquema de contrabando e comércio irregular de cigarros foi alvo da Operação Fumus Prohibitus, deflagrada nesta terça-feira, na Norte gaúcho. A ofensiva foi coordenada pela Polícia Federal. Os investigados seriam membros de uma facção que monopoliza a distribuição ilegal da mercadoria na região.

A ação contou com 52 policiais e teve apoio da Receita Federal. Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão nos municípios de Soledade (10), Barros Cassal (2) e Passo Fundo (1).

As buscas ocorreram em estabelecimentos comerciais que adquiriram produtos exclusivamente da facção. Houve a apreensão de 2.270 cigarros paraguaios, 37 cigarros eletrônicos, munições e de uma pistola calibre nove milímetros de uso restrito. Ninguém foi preso.

Foi apurada a prática de contrabando e comércio ilegal de produtos contrabandeados, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, a facção adquire ilegalmente cigarros vindos do Paraguai. O núcleo mais atuante do grupo estaria localizado em Soledade, onde os criminosos controlam a distribuição dos itens, ameaçam comerciantes e chegam até a fiscalizar estabelecimentos.

A investigação começou no município, em abril de 2021, quando a Brigada Militar prendeu em flagrante um casal. Na ocasião, a dupla conduzia um veículo carregado com aproximadamente quatro mil maços de cigarro de origem paraguaia.

Com o avanço das diligências, a PF constatou que o homem preso era autorizado e protegido pela facção para monopolizar a distribuição da mercadoria contrabandeada em Soledade. A instituição aponta que ele seria o ‘representante exclusivo’ da organização criminosa no comércio irregular de cigarros na cidade.

O grupo faccionado, ainda segundo a PF, coagia e ameaçava de morte os concorrentes, mediante disparos de arma de fogo e envio de vídeos com bravatas. Os criminosos chegavam a realizar a ‘fiscalização’ armada dos estabelecimentos revendedores de cigarro, com o objetivo de intimidar e garantir a exclusividade na distribuição dos itens contrabandeados.


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