PF mira organização que movimentou mais de R$ 100 milhões em importação ilegal de vinhos no RS
Mandados foram cumpridos em solo gaúcho, em São Paulo e na Bahia
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A Polícia Federal de Santo Ângelo deflagrou na manhã desta quarta-feira a operação Houdini com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por esquema milionário de descaminho de vinhos de origem argentina. Mais de R$ 100 milhões foram movimentados entre dezembro de 2020 e abril de 2022 com a importação ilegal do produto.
Mais de 100 agentes cumpriram oito mandados de prisão preventiva e 28 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia. Houve ainda execução de ordens judiciais para o bloqueio de veículos, bens imóveis e contas bancárias.
No RS, a ação ocorreu em Doutor Maurício Cardoso, Três Passos, Três de Maio, Horizontina e Cachoeirinha. Em SP, as ordens judiciais ocorreram em São Paulo, Piracicaba e Hortolândia. Na BA, os alvos estavam em Cruz das Almas, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus, Paulo Afonso, Camaçari e Lauro de Freitas. A operação contou com o apoio da Receita Federal.
A investigação começou este ano a partir da apreensão de uma carga de vinhos oriundos da Argentina, no município de Horizontina. As milhares de garrafas de bebidas de várias marcas foram internalizadas no país sem a devida documentação legal.
Com o aprofundamento do trabalho investigativo, os policiais federais mapearam os principais integrantes da organização criminosa. A carga ilegal ingressava pela fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul, através de embarcações que utilizavam portos clandestinos na margem brasileira do rio Uruguai para descarregar a mercadoria.
Posteriormente, o vinho era transportado para São Paulo e Bahia, visando ser comercializado. No período de apuração, oito apreensões vinculadas à organização criminosa, que totalizaram mais de 17 mil garrafas de vinho, foram efetuadas.
Foto: PF / Divulgação / CP