PF prende suplente de deputado suspeito de participar de desvio na Caixa

PF prende suplente de deputado suspeito de participar de desvio na Caixa

Ernesto Carvalho Neto teria aberto conta para esquema se apropriar de R$ 73 milhões

Agência Brasil

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A Polícia Federal prendeu, na tarde deste sábado, no Maranhão, o suplente de deputado federal Ernesto Vieira Carvalho Neto. Filiado ao PMDB, ele é suspeito de fazer parte do esquema que desviou cerca de R$ 73 milhões da Caixa Econômica Federal, no final de 2013. O crime é tratado como a maior fraude já sofrida pela instituição.

• PF detém quadrilha que desviou R$ 73 milhões da Mega Sena.

Segundo o delegado federal Omar Pepow, o suplente foi detido entre as cidades de Carolina e Estreito, na região sul do estado. Neto está sendo conduzido para Araguaína, onde deve prestar depoimento ainda neste sábado. Pepow afirmou que ao investigar a fraude denunciada pelo próprio banco estatal, a PF encontrou indícios de que Neto forneceu uma conta de luz de uma ex-empregada sua para que integrantes do esquema abrissem uma conta-corrente numa agência da Caixa de Tocantinópolis, em Tocantins.

Pouco tempo depois, os cerca de R$ 73 milhões foram depositados nessa conta, como se fossem o pagamento de um prêmio da Mega Sena que nunca existiu. Por fim, o dinheiro foi transferido para várias contas. Durante as investigações das denúncias apresentadas pela Caixa, a PF prendeu o ex-gerente-geral da agência de Tocantinópolis Robson Pereira do Nascimento.

De acordo com o delegado federal, há gravações de conversas telefônicas, obtidas com autorização judicial, em que o ex-gerente, pouco antes de ser preso, pede ajuda a Neto para se defender, demonstrando já ter conhecimento de que a PF investigava o assunto e identificara alguns dos envolvidos no esquema. Segundo a PF, aproximadamente 70% do total desviado foi recuperado. As investigações continuam. Quatro pessoas estão sendo procuradas. Além de cinco mandados de prisão preventiva, a Justiça expediu dez mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva a serem cumpridos em Goiás, Maranhão e São Paulo.

Ao todo, 65 policiais federais do Tocantins, de Goiás, do Maranhão e de São Paulo participam da operação, que recebeu o nome de Éskhara e conta com o apoio do Ministério Público Federal.

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