Polícia aguarda laudo para relatório que investiga a morte de Jovem após show de Luísa Sonza

Polícia aguarda laudo para relatório que investiga a morte de Jovem após show de Luísa Sonza

Alice de Moraes veio a óbito depois de ter passado mal durante o evento realizado no Pepsi On Stage em Porto Alegre

Felipe Uhr

Ato reuniu amigos e familiares na Redenção neste domingo

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A Polícia Civil ainda não encerrou o inquérito que investiga a morte de Alice de Moraes, a estudante de medicina veterinária que faleceu após o show da cantora Luísa Sonza, no Pespi On Stage, em Porto Alegre. A jovem de 27 anos morreu na madrugada do dia 17 de julho por volta das 3 horas e 30. Segundo testemunhas, ela teria passado mal por volta das 2 horas e, com a ajuda de bombeiros, procurado atendimento no posto de socorro da festa. Amigos que estavam com Alice no local alegam que ela não recebeu o atendimento adequado, pela Transul Emergência Médicas, empresa contratada pela produtora do show.

A 4ª Delegacia da Polícia Civil, responsável pelo caso, ainda espera o laudo de necrópsia, que apontará a causa da morte de Alice para concluir o inquérito. Já foram ouvidos os bombeiros que levaram Alice à ambulância, a técnica de Enfermagem, o médico remoto e alguns amigos da vítima. A polícia aguarda o comparecimento dos profissionais da Samu, que chegaram ao Pepsi para prestar atendimento à jovem. “A investigação, até o presente momento, vem demonstrando condutas equivocadas por aqueles que, por lei, deveriam garantir um atendimento ao público satisfatório”, avalia o advogado da família, Eduardo Schmidt Jobim. Jobim, que substituiu o advogado Juliano Tonial na defesa, ressaltou que o inquérito policial está sendo bem conduzido pelas autoridades responsáveis.

Jobim também entende que mais testemunhas possam ser ouvidas para agregar ao relatório, mesmo que já tenha material suficiente para um indiciamento, o que é esperado pela família da jovem. “Esperamos que haja responsabilização”.

A Opinião Produtora disse à época que realizou todas obrigações legais que o evento demandava, como a contratação de uma equipe ambulatorial com a presença de uma enfermeira e de um médico remoto. “Nós seguimos todos os protocolos que o show exige. Se houve falhas no atendimento, eu não sei te dizer”, explicou na oportunidade, o sócio-diretor da produtora, Claudio Favero.

Em nota, publicada no dia 19, a Transul afirma que realizou contratação de Ambulância de Suporte Básico - USB, conforme portaria 2048/2002 do Ministério da Saúde, para atendimento ao evento das 17:00 às 05:00 horas. A empresa informou que o atendimento à Alice começou por volta das 3h30 da manhã e que realizou a regulação da jovem até a mesma entrar em parada cardiorespiratória. Conforme o trecho da nota “imediatamente iniciou-se atendimento conforme protocolo BLS (Basic Life Support) e foi acionado recurso de Ambulância com Suporte Avançado - USA para atendimento no local, sendo mantido protocolo de atendimento até o momento em que foi orientado cessar reanimação cardiopulmonar por médico da ambulância da SAMU presente na cena e quem atestou óbito da paciente”.


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