Polícia apura laços entre facção e sequestro de empresário em Canoas
Sete pessoas foram indiciadas por sequestro ocorrido em dezembro de 2022
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O sequestro de um empresário canoense ocorrido no final do ano passado voltou à tona durante a Operação Tesla, deflagrada nesta terça-feira pelo Departamento de Investigações Criminais (Deic). A ação da Polícia Civil busca comprovar o elo entre os sequestradores e uma facção. Buscas foram feitas em endereços residenciais dos alvos e em duas penitenciárias do estado, mas nada foi apreendido.
O homem de 31 anos foi sequestrada na região central de Canoas, no dia 26 de dezembro. Na sequência os criminosos entraram em contato com familiares da vítima e exigiram R$ 500 mil, que não foram pagos, pela soltura. Analisando câmeras de monitoramento, os policiais identificaram o veículo utilizado no sequestro e prenderam o motorista em flagrante. O suspeito revelou o paradeiro do empresário, que acabou sendo resgatado após 27 horas. O cativeiro foi localizado na área rural de Portão.
A ação de resgate, que contou com reforços da Brigada Militar e da Guarda Civil, resultou na morte de dois sequestradores. A vítima não se feriu. Sete pessoas foram indiciadas, sendo que seis estão presas e uma foragida.
Segundo o delegado João Paulo de Abreu, titular da 1ª Delegacia de Repressão a Roubos e Antissequestro, as investigações foram desenvolvidas com base em interceptações telefônicas, quebras de sigilos e dados bancários, além da análise de celulares apreendidos. "Foi possível verificar que os sequestradores possuíam também relação com uma facção. Eles atuavam no tráfico de maneira associada", destacou Abreu.