Polícia apura suspeitas de maus-tratos a alunos em Vacaria

Polícia apura suspeitas de maus-tratos a alunos em Vacaria

Professora teria usado fita crepe para tapar boca de crianças

Correio do Povo

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A Polícia Civil informa que ouvirá nesta quinta-feira a professora suspeita de maus-tratos contra alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Irma Toffoli, em Vacaria, nos Campos de Cima da Serra. Uma auxiliar de classe que trabalha com a mulher também foi intimada a prestar depoimento. As duas são servidoras municipais.

A investigação apurou que a professora teria utilizado fita crepe para tapar a boca de crianças, além de fazer alunos comerem merenda contra a vontade. Também é investigado um caso em que uma criança passou mal, vomitou e depois teria sido obrigada a ingerir o próprio vômito.

Conforme o titular da Delegacia de Polícia da cidade, Anderson de Lima, o advogado das suspeitas solicitou ontem uma cópia do inquérito para saber da natureza das acusações, mas garantiu que as clientes prestarão depoimento nesta quinta-feira. O delegado disse ainda que já analisou as conversas de um grupo do WhatsApp em que a professora disse ter usado fita crepe para amordaçar uma criança e debochou da situação ao conversar com colegas.

A denúncia foi recebida pela Polícia Civil no mês de março, depois que alguns pais perceberam alterações de comportamento nas crianças. O delegado disse também que as servidoras podem ser enquadradas criminalmente no artigo 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que trata de submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento. A pena é de seis meses a dois anos de detenção.

Em nota, a prefeitura informou que abriu um Processo Administrativo Disciplinar para analisar a conduta da servidora que supostamente cometeu o fato e também a possível existência de outros envolvidos. Explicou que a professora foi suspensa das atividades preventivamente por 60 dias, prazo que pode ser prorrogado por 30 dias. “Os alunos e pais envolvidos estão recebendo orientação psicológica.”

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