Polícia busca identificar suspeitos e reconstituir crime que matou motorista de Uber

Polícia busca identificar suspeitos e reconstituir crime que matou motorista de Uber

Jovem de 21 anos foi detido na zona Sul de Porto Alegre com carro da vítima

Correio do Povo

Polícia busca identificar suspeitos e reconstituir crime que matou motorista de Uber

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A Polícia Civil tenta apurar detalhes para esclarecer o crime que vitimou Jairo Maciel, 63 anos. O corpo do motorista de aplicativo foi encontrado no domingo, no bairro Belém Velho, zona Sul de Porto Alegre, mais de 24 horas após Maciel ser visto pela última vez. “A investigação vai trabalhar para juntar as peças do quebra-cabeça e tentar construir a dinâmica do fato e quem são as pessoas envolvidas (no crime)”, explicou o diretor da divisão de homicídios da Polícia Civil, o delegado Gabriel Bicca.

Um jovem, de 21 anos, já foi preso suspeito de ter participado do ataque. Ele foi detido com o carro de Maciel, um Chevrolet Prisma de cor preta, após a Brigada Militar receber denúncias de que um homem com o veículo estaria cometendo assaltos na zona Sul.

De acordo com a Polícia Civil, Maciel saiu para trabalhar às 5h30min de sábado. Em seguida, teria recebido uma chamada pelo aplicativo da Uber no condomínio Camila e Ana Paula, na Restinga. No local, um homem teria embarcado. Antes de cometer o crime, que ocorreu por volta das 7h, o assaltante teria ainda pedido ao motorista para passar em uma lanchonete na avenida Ipiranga.

"Trabalhamos com duas hipóteses, latrocínio ou homicídio. O motorista não tinha antecedentes criminais e com ele foram encontrados a carteira e o celular", observa o delegado João Nazário. De acordo com a Polícia, a arma utilizada na execução era de calibre reduzido, possivelmente de 32 ou .380.

Os irmãos Matheus e Mario Noms, sobrinhos de Maciel e que também são motoristas de aplicativos, acompanharam as buscas dos policiais e reconheceram o tio. "É revoltante que mais um crime desses tenha acontecido em Porto Alegre. Já tínhamos alertado o meu tio de que aquela região em que ele foi chamado era perigosa. Sempre orientamos a evitar atender chamadas de lá", explica Matheus, acrescentando que a direção do Uber não deu nenhum suporte à família.

"Meu tio tinha planos de se aposentar no próximo ano, estava reforçando o orçamento da família. Era um cara experiente, já tinha trabalhado como taxista", afirma Mario. Maciel deixa a esposa, três filhas e quatro netos. A polícia estuda a participação de outra pessoa no crime.



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