Polícia busca reconstruir morte de refém durante assalto a bancos no interior do RS

Em entrevista à Radio Guaíba, o delegado da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), João Paulo Abreu, analisou o andamento das investigações sobre os assaltos a agências em Ibiraiaras, no Nordeste do RS, e em Três Palmeiras, na região do Alto Uruguai. Abreu pretende reconstruir as circunstâncias que levaram a morte de Rodrigo Mocelin da Silva, funcionário do Banco do Brasil que foi mantido como refém pela quadrilha em Ibiraiaras. "Nossos agentes entrevistaram várias pessoas nas imediações do local, incluindo outros reféns. Pretendemos, no aspecto testemunhal, rememorar o fato para reconstruí-lo e entender melhor em que momento os ferimentos ocorreram", disse.

A vítima chegou a ser encaminhada para o hospital Autarquia Municipal São José, que pertence a Ibiraiaras, mas não resistiu aos ferimentos. Conforme Abreu, "isso, infelizmente, tira um pouco do brilho de toda a operação, mas o que estava ao alcance da Brigada Militar e da Polícia Civil foi feito". "Mesmo com a apreensão de várias armas de fogo e do produto do crime recuparado, eu conversei com vários policiais e ninguém estava comemorando", falou. Ele ainda detalhou que foram 11 armas recolhidas, entre pistolas, fuzis e semi-metralhadoras.

O delegado ainda esclareceu que as investigações apontam para oito assaltantes envolvidos no crime em Ibiraiaras. Os  criminosos tentavam fugir em um Voyage e um Onix, produtos de crimes anteriores em Porto Alegre e Canoas. Seis foram mortos em confronto com a polícia (três dos quais já foram identificados) e outros dois se esconderam na mata. Uma força conjunta atua na área para tentar capturá-los. Uma outra pessoa foi presa em flagrante por fornecer recursos à quadrilha na tentativa de auxiliá-la na fuga.