Polícia Civil apreende material de apologia ao nazismo no Centro de Porto Alegre
Vídeo contendo ameaça implícita ao senador Paulo Paim está entre os objetos recolhidos
publicidade
Nas imagens, que se posicionam contra o sistema de cotas para negros na universidades, aparecem afro-descendentes agredindo policiais, fazendo arrastões e roubando lojas. Quase no final, aparece a pergunta: “somos nós ou nossos descendentes responsáveis por isso?”, e em seguida corta para a imagem de Paim. No final, aparece a suástica (símbolo nazista).
De acordo com o titular da 1ª DP, Paulo César Jardim, o nome do suspeito já tinha sido mencionado durante a agressão a dois jovens judeus, em 2005, na rua Lima e Silva. De lá para cá, os policiais começaram a monitorar as ações do grupo. A corrente mais forte no Estado é a intitulada White Power Sul Skin, do qual faria parte o suspeito. “No ano passado fechamos cinco células de neonazistas”, disse. “Na ocasião apreendemos bombas, facas e armas”, ressaltou o policial, lembrando que o objetivo era explodira sinagogas e jogar um dos artefatos na parada gay.
Por desconfiar que o suspeito poderia estar armazenando bombas e armas, os agentes, de posse de uma ordem judicial, foram até a moradia do suspeito no início da tarde. Artefatos não foram encontrados, mas o material nazista, sim. “Encontramos vários DVDs e um notebook, onde estava o vídeo, entre outras coisas”, explicou o delegado.
De acordo com Jardim, há 10 anos ele e sua equipe vêm monitorando o movimento neonazista no Estado. Em sua maioria os integrantes dessas organizações são skinhead. Durante esse tempo, mais de 40 integrantes desses grupos foram indiciados. “Nesse período, obtivemos diversos mandados de prisão”, contou o delegado. “Alguns estão foragidos e outros presos”.