Polícia Civil apreende material neonazista e fascista, além de armas e munições, em operação no RS

Polícia Civil apreende material neonazista e fascista, além de armas e munições, em operação no RS

Três prisões foram também efetuadas na ação da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI) em Porto Alegre, Canoas, Nova Santa Rita e Novo Hamburgo

Correio do Povo

Quatro ordens judiciais foram cumpridas em Porto Alegre, Canoas, Nova Santa Rita e Novo Hamburgo

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A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira a operação Accelerare com o objetivo de combater crimes de ódio e apreendeu material de caráter neonazista e fascista. Símbolos, literatura nazista, telefones celulares e equipamentos eletrônicos, além de uma garrucha, simulacros de arma de fogo e munições de diversos calibres, foram recolhidos na ação.

Equipes da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI), coordenada pela delegada Tatiana Barreira Bastos, efetuaram ainda três prisões durante o cumprimento de quatro mandados judiciais de busca e apreensão em Porto Alegre, Canoas, Nova Santa Rita e Novo Hamburgo. "A gente imagina que tem outros envolvidos. Essa é apenas uma dessas células. A gente pode dizer que é um grupo extremista", afirmou.

O trio, de 43, 21 e 20 anos, faria parte de uma organização responsável pelo aliciamento de colaboradores, via redes sociais e aplicativos de mensagens, para cometerem ataques e atos. "Um dos principais alvos já foi apreendido em 2019, quando ainda era menor de idade. Na época, ele estava arquitetando e foi interrompido um ataque a uma escola em Nova Santa Rita", recordou. “A DPCI realizou incessante trabalho investigativo, focado principalmente no monitoramento dos indivíduos, com apoio de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)”, frisou a delegada Tatiana Barreira Bastos.  

Segundo ela, o grupo exibe mensagens de caráter neonazista, antissemítico e racista. “A ideologia utilizada pelo grupo tem como principal característica ser aceleracionista, ou seja, com finalidade de recrutamento de jovens nas redes sociais, atraídos por discursos nazistas e fascistas, direcionando jovens a praticar crimes graves e bárbaros”, observou. "Eles estavam propagando esses discursos de ódio e cooptando jovens e adolescentes por intermédio não só de redes sociais, mas utilizando-se de games e aplicativos de mensagens, para disseminar essa ideologia nazista", enfatizou. 


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