Polícia Civil apura suposto desvio de R$ 8,5 milhões da Secretaria estadual de Esporte e Lazer

Polícia Civil apura suposto desvio de R$ 8,5 milhões da Secretaria estadual de Esporte e Lazer

Operação Circuito Fechado investiga crimes que teriam relação com projetos ligados a automobilismo

Correio do Povo

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A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira a operação Circuito Fechado, que apura a suposta prática de crimes contra a fé pública, estelionato, corrupção ativa e passiva, além de associação criminosa na Secretaria Estadual de Esporte e Lazer. Conforme a investigação inicial da 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção, os delitos teriam relação com projetos ligados a automobilismo, mantidos com recursos do programa Pro-Esporte/RS. O montante que teria sido desviado da pasta chegaria a R$ 8,5 milhões. 

A ofensiva de hoje cumpre 12 ordens judiciais de busca e apreensão que foram expedidas pela 14ª Vara Criminal e Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Foro Central da Comarca de Porto Alegre nas residências de investigados e nas dependências de associações esportivas e de empresas prestadoras de serviços. Os policiais atuam em Porto Alegre e em Caxias do Sul.

Conforme o delegado Max Otto Ritter, os supostos crimes teriam chegado ao conhecimento da Polícia Civil a partir do encaminhamento de documentação de auditoria realizada pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado - CAGE/RS. Nesta análise, teriam sido encontrados apontamentos de diversas irregularidades decorrentes das prestações de contas referentes a projetos propostos por associações esportivas que competiram na categoria Stock Car Light, em âmbito nacional e de alto rendimento.

A investigação policial indicou ainda a suposta existência de documentos falsos, notas fiscais inexistentes e falsidade ideológica junto às associações proponentes, fatos esses que, potencialmente, caracterizariam desvio de recursos públicos e danos ao erário estadual. 

Nota da Secretaria do Esporte e Lazer 

Em nota, a Secretaria do Esporte e Lazer (SEL) relatou que as supostas irregularidades apuradas pela operação Circuito Fechado foram detectadas pela própria pasta em ação coordenada com a Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage) e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE). "O encaminhamento gerou a ofensiva policial agora realizada. Dessa forma, a SEL permanecerá, como desde o início, colaborando integralmente com as investigações para buscar a responsabilização pelas ações irregulares que restarem comprovadas a partir do devido processo legal, bem como ressarcimento ao erário", completa o comunicado 


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