Polícia Civil avança nas investigações sobre morte de adolescente em Porto Alegre

Polícia Civil avança nas investigações sobre morte de adolescente em Porto Alegre

Machado junto com martelo e faca foram usados no crime por dois amigos da vítima

Correio do Povo

Todo o material encontrado será analisado pelo Instituto-Geral de Perícias

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A Polícia Civil confirmou na manhã desta terça-feira a apreensão do machado usado para matar um adolescente de 16 anos na noite de quarta-feira passada em uma trilha de um matagal na avenida Juca Batista, no bairro Aberta dos Morros, em Porto Alegre. A ferramenta foi recolhida junto com um ponto da droga sintética LSD nesta segunda-feira. A ação foi realizada pelo delegado Raul Vier, que responde pela 1ª Delegacia de Polícia para Adolescente Infrator do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente. Um martelo e uma faca, empregados também contra a vítima, já tinham sido apreendidos quando o corpo foi descoberto no início da madrugada de quinta-feira. Todo o material, incluindom dois pares de luvas, foi encaminhado ao Instituto-Geral de Perícias.

Na sexta-feira passada, um adolescente de 15 anos foi detido no bairro Menino Deus por envolvimento no caso. Já o cúmplice, um outro menor de 16 anos, havia se apresentado horas depois do assassinato na sede da 2º Companhia do 9º BPM e informou ter cometido o crime, sendo conduzido então pelos policiais militares até o Departamento Estadual da Criança e do Adolescente. A mochila com pertences pessoais, como videogame, um celular e dois pares de luvas, ficou caída no local onde estava o corpo mutilado da vítima. O cadáver foi localizado durante diligências no matagal por policiais civis e militares.

De acordo com o delegado Raul Vier, os autores da execução eram amigos da vítima que foi atraída para o local sob o pretexto de consumirem drogas. “O homicídio foi planejado, segundo os próprios infratores, por cerca de três meses”, destacou. “Chamou a atenção a frieza com que os infratores confessaram a morte do próprio amigo, com detalhes cruéis e extremamente violentos”, observou. “Ainda merecem destaque os relatos colhidos informalmente no sentido de que o mais jovem dos autores constantemente ameaçava os seus próprios familiares de morte, referindo que irá matá-los a golpes de facão”, acrescentou.

Sobre o ponto de LSD encontrado, o delegado Raul Vier acredita que seria consumido pelo trio dentro do mato. As investigações prosseguem para esclarecer a motivação do crime. Informações extraoficiais apontam que a vítima estaria se relacionando com a namorada do autor do crime.


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