Polícia Civil de Canoas desarticula envio de skank por via postal

Polícia Civil de Canoas desarticula envio de skank por via postal

Super maconha era enviada em um kit, formado por papel de seda e camisetas ou bonés, com a grife do grupo de narcotráfico

Correio do Povo

Perfil no Instagram dos traficantes possui mais de 1,5 mil seguidores

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Um esquema de envio de drogas por via postal, inclusive para outros estados, está sendo desarticulado na manhã desta terça-feira com a deflagração da operação Monkey da 1ª DP de Canoas, sob comando do delegado Rafael Pereira. Após três meses, a investigação apontou que o principal entorpecente remetido via Sedex era o skank.

Na maioria das vezes, a super maconha era enviada em um kit, formado por papel de seda e camisetas ou bonés, com a grife do grupo de narcotráfico, cuja imagem é um macaco fumando um baseado.

“Eles têm um perfil em uma rede social com mais de 1,5 seguidores, onde divulgam as fotos da maconha e as tabelas de preços. Eles deixam esse perfil travestido de maconha medicinal para tentar dar um aspecto de legalidade. É crime, é tráfico na veia”, afirmou o delegado Rafael Pereira. “É apenas uma fachada para um tele entrega nacional”, acrescentou.

“Eles estão tentando criar uma marca, inclusive fazendo confecções e patrocinando eventos aqui em Canoas”, observou. “Apreendemos centenas de camisetas com o kit. Quando eles vendem a droga, colocam como brinde para divulgar a marca”, complementou. A base do grupo ficava no bairro São Luis, em Canoas. 

Cerca de 80 policiais civis em 30 viaturas cumpriram sete mandados judiciais de busca e apreensão. Houve duas prisões. Ao menos outros quatro envolvidos foram detidos durante o trabalho investigativo. O grupo é comandado por um detento, que está recolhido na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas (PMEC). 

No período de apuração, a equipe da 1ª DP de Canoas realizou três interceptações de correspondências. Duas ocorreram no dia 12 de junho, sendo retida uma caixa com chocolates enviada como presente de aniversário para o líder do grupo na PMEC. Outra aconteceu no dia 1º de julho, sendo destinada duas caixas recheadas de drogas para Salvador, na Bahia. Segundo o delegado Rafael Rafael, o objetivo da operação é "quebrar o esquema” e por isso a investigação terá continuidade.

Já o diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM), delegado Mario Souza, declarou que “a investigação até o momento demonstrou a existência de um esquema bem organizado” e “uma conduta em parte audaciosa dos investigados ao instituírem uma rede social com negociação direta de drogas”.


Foto: PC / Divulgação / CP


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