Polícia Civil deflagra nova fase da operação Caritas na prefeitura de Canela

Polícia Civil deflagra nova fase da operação Caritas na prefeitura de Canela

Cinco mandados judiciais foram cumpridos em endereços ligados às empresas que prestam serviços de maquinário e terraplanagem para o município

Correio do Povo

Operação Caritas começou em 9 de abril deste ano

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A quarta fase da operação Caritas, que investiga supostos crimes de corrupção na administração pública de Canela, foi deflagrada na manhã desta segunda-feira pela Polícia Civil. Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos por 30 agentes em Canela e Gramado.

Os alvos das ordens judiciais foram endereços ligados às empresas que prestam serviços de maquinário e terraplanagem para o município. À reportagem do Correio do Povo, a Prefeitura Municipal de Canela informou que não vai manifestar-se sobre a ação, mas colocou-se à disposição da Justiça.

Titular da DP de Canela, o delegado Vladimir Medeiros não revelou os detalhes da investigação policial para não prejudicar a apuração dos delitos, apesar de não existir segredo de justiça decretado nos autos. Ele reafirmou que o trabalho da Polícia Civil, como em todos os outros, é “extremamente técnico e baseado exclusivamente no conteúdo probatório colhido até o presente momento pelos policiais”.

“O trabalho da força-tarefa de policiais civis destacados para o inquérito policial da operação Caritas está concentrado, atualmente, na análise do grande volume de documentos e equipamentos apreendidos na ação policial do último dia 8 de novembro, quando cumpridas pela Polícia Civil simultaneamente 176 medidas judiciais em nove cidades no Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, observou.

Segundo o delegado Vladimir Medeiros, a operação Caritas começou em 9 de abril deste ano, quando foram apreendidos materiais de construção do Hospital de Caridade de Canela, que haviam sido desviados para propriedade particular.

Em 30 de junho, os policiais civis apreenderam uma lista com nomes de servidores em cargos de confiança que pagavam valores em dinheiro para um partido político. Em 08 de novembro, 175 agentes cumpriram simultaneamente 176 medidas judiciais, que incluíram prisões preventivas, afastamentos cautelares de servidores públicos, além de 44 mandados de busca e apreensão em nove cidades, entre outras medidas.

“O inquérito policial segue em andamento e é prioridade absoluta para a Polícia Civil de Canela, que tem instalada uma força-tarefa de policiais civis destacados com exclusividade para a investigação policial”, frisou o delegado Vladimir Medeiros.


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