Polícia Civil desarticula quadrilha que aplicava golpes dos nudes e do aplicativo

Polícia Civil desarticula quadrilha que aplicava golpes dos nudes e do aplicativo

Houve 22 prisões durante a operação Delta II em Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravataí, Guaíba, Viamão, Santa Cruz Do Sul, Novo Cabrais e Cruz Alta, além da cidade paranaense de Palmas

Correio do Povo

Entre os detidos estão dez mulheres

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A Polícia Civil desarticulou uma quadrilha que aplicava os golpes dos nudes e do aplicativo, sendo presos 22 envolvidos com a deflagração da operação Delta II na manhã desta sexta-feira. Houve a apreensão de 26 mandados judiciais de busca e apreensão e ainda 25 mandados de prisão temporária, além de uma condução coercitiva, em Porto Alegre, Cachoeirinha, Gravataí, Guaíba, Viamão, Santa Cruz Do Sul, Novo Cabrais e Cruz Alta, além da cidade paranaense de Palmas.

A investigação foi conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (3ªDPRI) de Santa Maria, sob comando do delegado Sandro Meinerz, com apoio logístico e operacional da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Entre os presos estão dez mulheres. Duas armas foram recolhidas.

O golpe dos nudes começa com a criação de um perfil falso na rede social Facebook. O perfil é de uma mulher bonita e que geralmente aparenta ser menos de idade. No perfil são postadas fotos sensuais, retiradas de páginas de terceiros. Apesar de a página fake se identificar como sendo de uma menor de idade, não necessariamente a pessoa que alimenta a rede social e troca fotos de nudez com as vítimas é realmente menor de 18 anos.

A fraude se inicia quando o perfil falso começa a disparar convites de amizades para homens, preferencialmente casados e mais velhos. Após verem as fotos postadas, esses aceitam o convite de amizade. Em seguida, uma das golpistas, que administra a página fake, começa a trocar mensagens com os homens vítimas, os quais acreditam falar com uma menor de idade, coisa que fica evidente desde o início e que é o ponto forte para seduzir as vítimas e mais tarde intimidá-las e extorquir dinheiro para que não seja denunciado.

Já no golpe do aplicativo, os criminosos criam um perfil fake no Facebook, em nome de terceiro, utilizando uma foto antiga de um perfil real. Criada a página falsa, eles fazem negociações com diversas pessoas que ofertam produtos em uma plataforma de compra e venda. No golpe, a página fake entra em contato com alguém que oferta os produtos, manifestando interesse na compra.

Depois, o golpista envia um motorista de aplicativo até a casa do vendedor e simula a realização de um depósito bancário, enviando inclusive comprovante falso para a vítima. Acreditando ter recebido o valor, ela entrega o produto para o suposto motorista, que, na verdade, é cúmplice do outro criminoso.

A 3ªDPRI realizou a operação Delta I no dia 14 de junho do ano passado, quando foram cumpridos 27 mandados de buscas e apreensão e outros mandados de prisões temporárias em Porto Alegre, São Leopoldo, Cachoeirinha, Eldorado do Sul, Santa Cruz do Sul, Pântano Grande e Guaíba. Telefones celulares, computadores, dinheiro e objetos, incluindo simulacro de pistola, foram apreendidos.


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