Polícia Civil descobre que motorista inventou roubo de R$ 823 mil em cobre em São Leopoldo

Polícia Civil descobre que motorista inventou roubo de R$ 823 mil em cobre em São Leopoldo

Delegacia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas do Deic prendeu três envolvidos na subtração da carga ocorrida em agosto, mas o condutor do caminhão está foragido

Correio do Povo

Imagens de câmeras de monitoramento auxiliaram na investigação

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O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil esclareceu a subtração de uma carga de materiais de cobre, avaliada em cerca de R$ 823 mil, que ocorreu em 26 de agosto deste ano quando era transportada por um caminhão na BR 116, em São Leopoldo. Na manhã desta terça-feira, em Novo Hamburgo, a equipe da Delegacia de Repressão ao Roubo e Furto de Cargas (DRFC), sob comando do delegado Alexandre Luiz Fleck, prendeu preventivamente três envolvidos no crime. O quarto suspeito, o motorista do caminhão, está foragido.

A ação policial resultou ainda na apreensão de uma Chevrolet Captiva, usada no crime, e ainda telefones celulares. As ordens judiciais foram deferidas pela 4ª Vara Criminal de São Leopoldo, sendo cumpridos mandados de prisão e também de busca e apreensão.

Durante o trabalho investigativo, o motorista do caminhão havia relatado que foi abordado enquanto estava parado em um congestionamento na rodovia, sendo rendido por um indivíduo que invadiu a cabine. Mediante o uso de arma de fogo e agressões físicas, a vítima teve que se deslocar até outro local, sendo depois solta após a subtração da carga de cobre do veículo.

Os agentes da DRFC apuraram então que o roubo nunca existiu e que o motorista estava envolvido com outros três cúmplices. O trio possui atividade comercial no ramo de reciclagem de metais e pretendia reinserir a carga de cobre no mercado e obter os proveitos financeiros diretos da atividade ilícita. “Informações ainda não confirmadas apontam que o motorista teria recebido em torno de R$ 50 mil reais para participar da simulação”, observou o delegado Alexandre Luiz Fleck. Imagens de câmeras de monitoramento foram analisadas pelos policiais civis no período.

O titular da DRFC ressaltou que “infelizmente tem se observado que tal expediente (registro falso de roubo, quando na verdade ocorre um furto com participação do motorista) tem sido utilizado pelos criminosos com maior frequência”. Ele apontou como causas possivelmente “a dificuldade enfrentada com a investigação (a qual é norteada falsamente desde o princípio) e a menor pena cominada ao fato”. O delegado Alexandre Luiz Fleck disse que a efetiva repressão, com a prisão preventiva dos criminosos, somente será possível com “a necessária sensibilização do Poder Judiciário para a gravidade dos fatos".

Fotos: PC / Divulgação / CP


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