Polícia Civil indicia quatro pessoas por morte de bebê em Porto Alegre

Polícia Civil indicia quatro pessoas por morte de bebê em Porto Alegre

Investigações sobre crime cometido na Lomba do Pinheiro duraram cinco meses

Felipe Samuel

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A 1ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DPHPP) da Polícia Civil concluiu, nesta terça-feira, o inquérito que apurou a morte de um bebê, de um ano e onze meses, que foi baleado em 9 de agosto do ano passado, em Porto Alegre. Sob comando da delegada Isadora Galian, a Polícia Civil indiciou quatro suspeitos por homicídio doloso qualificado pelo motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa do ofendido, e cometido contra Rayan Valentyn Thomas Jaques. 

O alvo dos tiros seria o pai do menino, de 31 anos, que estava no colo dele no momento da invasão de dois indivíduos armados que arrombaram a porta da casa das vítimas, situada na rua Samambaia, no bairro Lomba do Pinheiro. Conforme a Polícia Civil, os envolvidos também foram indiciados pela tentativa de homicídio qualificado do pai da criança. As investigações apontam que um preso determinou, por intermédio de sua namorada, que dois subordinados executassem o pai da criança.

A motivação do crime seria a disputa por pontos de venda de drogas na região da Lomba do Pinheiro - área com maior número de homicídios da 1°DHPP. Os autores se deslocaram até a residência da vítima e arrombaram a casa. Ao avistarem o pai da criança, efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra ele. O homem estava com o filho no colo, que acabou sendo atingido nas costas.

A criança foi socorrida até a UPA Lomba do Pinheiro e, posteriormente, encaminhada ao HPS, mas não resistiu aos ferimentos. Após cinco meses, as investigações da Polícia Civil comprovam a participação de todos os envolvidos, inclusive com confronto balístico positivo de armas apreendidas em posse de um dos executores. Por conta disso, a PC pediu a prisão preventiva de todos os envolvidos.

O Judiciário deferiu a prisão preventiva de um dos criminosos, mas o Ministério Público recorreu da decisão. Conforme a PC, o mandante do crime possui 13 passagens policiais por homicídio, inclusive quando ainda menor, além de associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo e tortura. Ele ordenava as execuções de dentro do Sistema Prisional. Em meio à guerra do tráfico de drogas na Capital, o indiciado foi transferido para outro presídio.

 


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