Polícia Civil investiga possível ligação entre chacinas em Porto Alegre e Alvorada

Polícia Civil investiga possível ligação entre chacinas em Porto Alegre e Alvorada

Delegado acredita que haviam inocentes envolvidos nos dois crimes ocorridas nesta semana

Correio do Povo

Delegado acredita que haviam inocentes envolvidos nos dois crimes ocorridas nesta semana

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A Polícia Civil divulgou na manhã desta segunda-feira o telefone gratuito 0800-642-0121 para o repasse de denúncias, mesmo anônimas, que levem aos autores da chacina ocorrida na madrugada de sábado no interior de um bar na estrada Antônio Severino, no bairro Mário Quintana, em Porto Alegre.

“Não sabemos ainda quem eram os alvos, mas com certeza alguns não eram pois não tinham antecedentes. Pode ter inocentes”, observou na manhã desta segunda o diretor da Divisão de Homicídios, delegado Gabriel Oliveira Bicca. Ele corrigiu o número de mortos, esclarecendo que foram cinco ao invés de seis conforme havia sido divulgado inicialmente pela corporação no final de semana. O sobrevivente permanece internado em estado grave no Hospital Cristo Redentor, tendo sido confundido com outro óbito verificado na instituição. “Houve linha cruzada”, resumiu.

O delegado Gabriel Bicca observou que “toda ação violenta cria uma reação mais violenta” ao falar sobre uma possível onda de retaliações mútuas entre grupos rivais envolvidos com tráfico de drogas. “Estamos na expectativa do que vai acontecer”, assegurou. Ele afirmou ainda que não foi estabelecida por enquanto uma ligação do caso de Porto Alegre com a chacina verificada na noite de sexta-feira passada em Alvorada, onde foram mortas três pessoas e outras três ficaram feridas em um bar no bairro Intersul. “Estamos reunindo informações. Está tudo muito preliminar”, disse o delegado Gabriel Bicca. No entanto, ele constatou que as vítimas do bar na estrada Antônio Severino foram baleadas com armas de diversos calibres. “Tem tudo que se pode imaginar”, salientou.

O titular da Divisão de Homicídios confirmou também que os atiradores chegaram no bar com um indivíduo encapuzado e amarrado, obrigando-o a apontar quem estava no interior do bar antes de ser executado no lado de fora. “Esse indivíduo não era do entorno”, adiantou. A chacina de Porto Alegre é investigada pela equipe da delegada Luciana Smith, da 5ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa.

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