Polícia Civil investiga tele entrega de drogas de dois traficantes unidos em Guaíba

Polícia Civil investiga tele entrega de drogas de dois traficantes unidos em Guaíba

Faturamento mensal de apenas um núcleo de venda da organização criminosa chega a R$ 90 mil

Correio do Povo

Seis prisões foram efetuadas na operação policial desta quarta-feira

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A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira a operação Prosperidade com o objetivo de desarticular um esquema de tele entrega de drogas que uniu duas lideranças expressivas do narcotráfico na região de Guaíba. Além de montarem o negócio próprio, o grupo formado fornecia também entorpecentes para as facções criminosas. “Eles não eram rivais, não disputam território e transitam entre as organizações”, sublinhou a delegada Karoline Calegari.

O trabalho investigativo começou há quatro meses. Os agentes calcularam que apenas um dos pontos de venda de cocaína e maconha faturava em torno de R$ 90 mil por mês. “Não é todo o dinheiro que os líderes ganham com o tráfico, porque foi investigado um núcleo criminal”, observou a delegada Karoline Calegari. “Não investigamos ainda toda a quadrilha. Têm outros núcleos de venda. Pretendemos investigar novos núcleos. É muita movimentação financeira”, resumiu.

Houve o cumprimento com êxito de quatro mandados de busca e apreensão e de outros seis mandados de prisão preventiva em Guaíba e Cachoeirinha. Além dos seis detidos, dinheiro e telefones celulares foram recolhidos ação, que teve apoio da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (2ª DPRM).

Os líderes foram alvos das ordens judiciais, sendo que um deles encontra-se recolhido no sistema prisional e o outro recebeu liberdade mediante monitoramento eletrônico há dois meses. A companheira de um deles ficou responsável pela contabilidade.

“Os dois foram alvos de investigações e de operações anteriores. Um deles foi investigado por movimentar R$ 100 mil por semana”, recordou. “Esses dois se uniram agora, mas não estavam na mesma casa prisional. Eles passaram a criar um lucrativo esquema de venda de cocaína e maconha”, explicou.

A delegada Karoline Calegari disse ainda que a organização criminosa tinha um rígido controle sobre os vendedores, que era exercido pelas lideranças que monopolizava as negociações com usuários e recebia os valores por pix em contas de terceiros para somente depois liberarem a tele entrega. “A clientela tinha que ser dos líderes”, frisou.

O diretor da 2ª DPRM, delegado Mário Souza, destacou que foi “uma importante operação por desarticular uma importante associação criminosa, demonstrando a participação de cada integrante do grupo.


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