Polícia Civil lança iniciativa de apoio ao Setembro Amarelo

Polícia Civil lança iniciativa de apoio ao Setembro Amarelo

Campanha é direcionada à conscientização da prevenção do suicídio na sociedade

Correio do Povo

Chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, destacou que é momento de parar e refletir sobre a questão

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A campanha Setembro Amarelo, direcionada à conscientização da prevenção do suicídio na sociedade, recebeu o reforço da Polícia Civil. Na manhã desta sexta, o engajamento da instituição foi oficializado com uma cerimônia realizada no Palácio da Polícia, em Porto Alegre. A iniciativa é voltada ao público mas sobretudo internamente aos agentes. “Temos precaução e sabemos que há um grande risco quando se divulgam ações deste tipo, mas a prevenção precisa ser falada. É um momento de parar e refletir...”, declarou a Chefe de Polícia Civil, delegada Nadine Anflor. “´emos visto índices de suicídio dentro das corporações policiais.  A prevenção passa também pela valorização do policial buscando que ele pare e procure ajuda, um abraço, um acolhimento", enfatizou.

A iniciativa, que inclui vídeos com depoimentos de familiares de vítimas, é do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa. “Estamos olhando um outro lado que é buscar a queda nos indicadores de homicídio”, ressaltou a delegada Nadine Anflor, confirmando que os números são altos mas não são divulgados. “Os suicídios também são investigados e observamos que se tivesse havia um acompanhamento, um ombro amigo, um abraço, um acolhimento daquela pessoa...ela não teria tirado a própria vida”, afirmou. Em relação aos policiais civis, a delegada Nadine Anflor destacou que existe a Divisão de Saúde para atendimento dos agentes. “Todos nós devemos nos tratar e procurar ajuda quando encontramos algum problema. Ninguém deve ter vergonha”, destacou.

A diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegada Vanessa Pitrez de Aguiar Correa, esclareceu que o objetivo de somar-se à campanha do Setembro Amarelo é “para mostrar que não lidamos apenas com a morte mas também com a preservação da vida”. De acordo com ela, a ideia é alertar as pessoas para busquem auxílio e ajuda. “O suicídio é prevenível”, assegurou. “Acreditamos que um mês de campanha dedicado à prevenção do suicídio é um momento de falar sim no assunto, embora existam regras e cuidados em abordá-lo”, disse. “Precisamos romper o silêncio sobre o tema e trazer o conhecimento”, concluiu.

A coordenação ficou com a 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DPHPP) sob comando da delegada Roberta Bertoldo. “O maior número de suicídios é na minha área”, revelou, citando em especial o Centro de Porto Alegre. “Os índices são bem significativos”, avaliou, frisando que a intenção é igualmente mostrar às potenciais vítimas que “a vida delas importa para nós e aos seus familiares”. Ela espera que essas pessoas repensem e busquem ajuda. “Queremos auxiliar que elas à abandonem a ideia”, assinalou. “As pesquisas mostram que os três principais fatores de suicídio são a depressão, a esquizofrenia e o uso e abuso de álcool e drogas”, revelou.

 

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