Polícia Civil prende dois e investiga outros três suspeitos de latrocínio em Camaquã

Polícia Civil prende dois e investiga outros três suspeitos de latrocínio em Camaquã

Dono de empresa de vigilância privada, o policial militar aposentado Luis Antônio Lucas, 60 anos, conhecido como Toninho, foi baleado e morto durante assalto em frente a um supermercado da cidade

Correio do Povo

Câmera de monitoramento registrou a fuga do atirador com o malote de dinheiro

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A Polícia Civil prendeu dois e investiga outros três suspeitos de envolvimento na morte do proprietário de uma empresa de vigilância privada, o policial militar aposentado Luis Antônio Lucas, 60 anos, conhecido como Toninho, ocorrido durante um assalto nessa segunda-feira em frente a um supermercado no bairro São José, na cidade de Camaquã. A vítima havia recolhido o malote de valores que seria levado até uma agência bancária e foi atacada ao sair do estabelecimento.

Um criminoso efetuou diversos disparos de arma de fogo pelas suas costas, sem que Luis Antonio Lucas tivesse alguma chance de defesa. Socorrida ao Pronto Socorro do Hospital Nossa Senhora Aparecida, a vítima não resistiu aos graves ferimentos e morreu durante o atendimento médico. O sepultamento aconteceu na manhã desta terça-feira no Cemitério São João, em Camaquã.

Dois envolvidos diretamente no latrocínio, um jovem de 25 anos e um adolescente infrator de 16 anos, foram presos em flagrante depois em uma ação conjunta da Polícia Civil e da Brigada Militar. Houve a recuperação do dinheiro roubado que estavam no malote e a apreensão de uma pistola calibre nove milímetros com oito munições, usada no crime, além de três telefones celulares.

Entre as diligências logo após o crime, a obtenção de imagens de câmeras de monitoramento contribuíram para a identificação dos criminosos. Nas buscas e trocas de informações, a Polícia Civil e a Brigada Militar localizaram então os dois suspeitos em uma casa na rua Bagé, no bairro Viégas, em Camaquã. O autor dos disparos, de 25 anos, estava foragido da Justiça por homicídios em Porto Alegre.

No local encontravam-se duas mulheres e um homem, que também foram conduzidos e encaminhados à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Camaquã para prestarem depoimentos. “Estamos investigando a participação dos três”, confirmou na manhã desta terça-feira a diretora da 29ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (29ª DPRI), delegada Vivian Sander Duarte, responsável pela investigação. De acordo com ela, uma das mulheres é companheira do menor de idade e a outra é de um apenado do sistema prisional, enquanto o homem foi quem deu carona aos dois suspeitos. “A gente ainda está averiguando”, enfatizou. “Temos informações de que eles são integrantes de uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas”, revelou a delegada Vivian Sander Duarte, referindo-se aos cinco suspeitos.

Na tarde dessa segunda-feira foi realizada uma entrevista coletiva à imprensa na sede da 29ª DPRI, com as presenças da delegada Vivian Sander Duarte, do titular da DPPA de Camaquã, delegado Luciano Rodrigues Meira, e do comandante do 30º BPM, major Dilmar Oliveira, acompanhado do capitão Pablo Madruga, do 30º BPM. “Foi um crime que consternou toda a população. Imediatamente após o fato, as forças de segurança se mobilizaram”, frisou a delegada Vivian Sander Duarte, considerando que a vítima foi atacada de “forma covarde”. A diretora da 29ª DPRI observou que os criminosos “estavam atrás do malote e monitorando a vítima”.

O veículo usado no latrocínio ainda não foi identificado no trabalho investigativo. “Vamos fazer o possível trajeto que percorreram”, adiantou o delegado Luciano Rodrigues Meira. “Estamos coletando imagens tanto do supermercado como também do trajeto que podem ter feito”, acrescentou. Por sua vez, o comandante do 30º BPM, major Dilmar Oliveira, garantiu que a Brigada Militar está empenhada em garantir a segurança da comunidade e do comércio na cidade de Camaquã.

Foto: PC / BM / Divulgação / CP


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