Polícia Civil prende integrantes de quadrilha que roubou 1,5 mil carros na Região Metropolitana

Polícia Civil prende integrantes de quadrilha que roubou 1,5 mil carros na Região Metropolitana

Grupo movimentou R$ 6 milhões com a venda de veículos furtados na Região Metropolitana

Correio do Povo

Grupo cometia cerca de 80 roubos de veículos por mês

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A Polícia Civil prendeu, nesta sexta-feira, cinco integrantes de uma quadrilha especializada em roubo de veículos. O grupo clonou ao menos 1,5 mil carros entre outubro de 2015 e abril de 2017 em Porto Alegre e na Região Metropolitana. Neste período, a quadrilha movimentou cerca de R$ 6 milhões.

A terceira fase da Operação Macchina Nostra visou desmantelar dois grupos de clonadores, intermediários e estelionatários da quadrilha. Oitenta policiais civis cumpriram 15 mandados de busca, oito de prisão e uma custódia do principal assaltante da organização em Novo Hamburgo e Alvorada.

Durante a investigação, coordenada pela Delegacia de Roubos de Veículos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), oito novos integrantes foram identificados. Dos novos presos, todos têm antecedentes criminais, destacando-se  um homem, que não teve identidade revelada, mas que trabalhava como locutor/apresentador de uma rádio em Canoas, na Região Metropolitana, e tinha efetiva participação no recebimento e intermediação da venda de carros roubados. Ele já havia sido preso anteriormente, no interior da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo, por estelionato.

Segundo os delegados Adriano Nonnenmacher e Marco Guns, responsáveis pela Operação Macchina Nostra, foi uma investigação ampla e difícil, que atingiu 39 criminosos, muitos de alta periculosidade, que atuavam de forma organizada e discreta em roubos, clonagem, falsificações e venda de veículos mediante estelionato. Para o Delegado Sander Cajal, Diretor de Investigações do Deic, a terceira fase da operação desestruturou a quadrilham com a prisão de integragrantes e sequestro de bens.

Esquema de rouba e venda


A investigação apontou que a quadrilha agia como uma empresa. Havia a divisão de tarefas entre seus integrantes para efetivar o maior número possível de roubos e vendas de veículos. O grupo era estruturado entre financiadores, clonadores, vendedores, receptadores, estelionatários, falsificadores de documentos, assaltantes e responsáveis pela lavagem de dinheiro da quadrilha.

Logo após o roubo, o grupo negociava o veículo, adulterava as placas - conforme pedido do comprador - e vendia entre R$ 5 mil a R$15 mil, dependendo do modelo. Entre outubro de 2015 e abril de 2017, a organização criminosa, liderada por Leonardo Augusto Prestes Cardoso, movimentou cerca de R$ 6 milhões.
 
A quadrilha estabelecia metas de roubos por dia. Os integrantes tinham que furtar entre 5 e 10 veículos em Porto Alegre, tendo em vista que 60% dos carros roubados são recuperados pela Polícia. O grupo era responsável por vender veículos roubados para outros dez estados brasileiros.

Primeira fase


Na primeira fase da operação foram presas e indiciadas 29 pessoas em uma ação simultânea em 17 cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A Polícia Civil também sequestrou imóveis, jóias e ativos financeiros em instituições bancárias, em um total de aproximadamente R$ 3 milhões.

Na fase inicial foram ainda apreendidos armas, drogas, dinheiro, veículos, jóias, e 89 espelhos de registros e licenciamento de veículosdo Detran de Santa Catarina.

Segundo fase

A segunda fase da investigação indiciou cinco integrantes da quadrilha por lavagem de dinheiro.

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